Leonardo Barreto na Crusoé: “Teste de fogo para o futuro do Legislativo”
Nesta semana, o deputado Lindbergh Farias (PT/RJ) afirmou que apresentará duas emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevendo metas fiscais deficitárias de 1% e 0,75% do PIB...
Nesta semana, o deputado Lindbergh Farias (PT/RJ) afirmou que apresentará duas emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevendo metas fiscais deficitárias de 1% e 0,75% do PIB. No mesmo dia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, mandou circular que poderia ficar a meta em -0,5%. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda tenta adiar a definição até que medidas arrecadatórias sejam aprovadas, ainda sonhando com o déficit zero. No meio disso tudo, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, despacha com o presidente Lula no Planalto, num movimento que pode sugerir entre os mal-intencionados um “chapéu” em Campos Neto, seu chefe.
Paralelamente, Haddad cria uma narrativa por dia para tentar explicar a situação de fragilidade fiscal. A mais nova é que empresas, tribunais, governos estaduais e municípios fazem uma “guerra fiscal” contra a União. O tom de cobrança em relação ao Congresso pela aprovação de uma pauta arrecadatória segue elevando-se. Na última reunião com líderes da Câmara, que malandramente Arthur Lira organizou para que Haddad visse com seus olhos as dificuldades para passar a Medida Provisória 1185, que tributa incentivos estaduais, o ministro pintou um cenário de colapso das contas públicas se o tema não passar, dizendo que a situação ficará tão ruim que mesmo um déficit de 3% do PIB seria difícil de alcançar.
Saindo dessa reunião com líderes, Haddad afirmou que a medida será aprovada ainda neste ano e que a Fazenda ficou de prestar novos esclarecimentos. Nos bastidores, no entanto, líderes afirmaram que o encontro terminou sem encaminhamento e que o ministro teria passado pelo constrangimento de ter convidado pessoalmente um líder da base para relatar a proposta e este recusou.
Leia mais aqui; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)