Braskem dobra o prejuízo no trimestre, mas ação dispara 20%
As ações da Braskem lideram as altas do Ibovespa nesta manhã, após registrar uma disparada no lucro líquido no terceiro trimestre....
As ações da Braskem lideram as altas do Ibovespa nesta manhã, após registrar uma disparada no lucro líquido no terceiro trimestre. A apresentação do balanço do terceiro trimestre da petroquímica foi na noite de ontem e mostrou um prejuízo de R$ 2,418 bilhões no período, o que representa um aumento de 119,2% em relação às perdas de R$ 1,103 bilhão no mesmo trimestre do ano passado.
A empresa atribui o resultado negativo, principalmente, ao impacto da variação cambial no resultado financeiro. Segundo a Braskem, a depreciação do real em relação ao dólar teve um efeito significativo sobre a exposição líquida da companhia, totalizando US$ 4,0 bilhões.
Apesar do prejuízo registrado, a Braskem apresentou alguns pontos positivos no balanço, mas não são eles que explicam a alta no pregão de hoje.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 921 milhões no período, registrando um aumento de 31% em relação aos três meses anteriores. A melhora foi impulsionada pelo aumento do volume de vendas e exportações de resinas no Brasil, além do crescimento nas vendas de polipropileno nos Estados Unidos e Europa.
Outro fator que contribuiu para o desempenho positivo do Ebitda foi o reconhecimento no resultado do REIQ (Regime Especial da Indústria Química), que se refere a créditos fiscais apurados nos meses de janeiro a setembro de 2023.
A receita líquida da Braskem, no entanto, apresentou queda de 34% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 16,676 bilhões. Em comparação com os três meses anteriores, a redução foi de 6%.
Mas o que fez a ação disparar no início do pregão de hoje foi o Fato Relevante divulgado agora pela manhã com a apresentação uma proposta não vinculante da Adnoc pelo controle da Braskem no valor de R$ 10,5 bilhões, o que equivale a um preço de R$ 37,29 por ação.
A oferta prevê o pagamento de metade dos valores à vista, e o restante por meio da emissão de uma note de sete anos, em dólares, com juro de 7,25% ao ano. Até o terceiro ano, o juro seria incorporado ao principal e, a partir do quarto ano, seriam feitos os pagamentos de cupom. A amortização da dívida acontece apenas no fim do sétimo ano.
A proposta é pelo total de 38,3% das ações da Novonor – que hoje estão nas mãos de bancos credores. Mas a Adnoc levaria uma fatia de 35,3% e 3% ficariam com a Novonor. A governança da companhia, entretanto, estaria totalmente nas mãoes da Petrobras e da companhia.
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