Limite de 8% de juros no rotativo cancelará 60 milhões de cartões
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, afirmou que o teto de juros para o rotativo do cartão de crédito terá impacto econômico negativo bilionário porque diversos consumidores serão retirados do mercado...
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, afirmou que o teto de juros para o rotativo do cartão de crédito terá impacto econômico negativo bilionário porque diversos consumidores serão retirados do mercado.
“Se temos 8% de juros, temos que cortar – o país como um todo (tem que cortar). Sessenta milhões de cartões de crédito precisam ser abandonados e também você pode ter um impacto de R$ 350 bilhões na economia, porque você vai tirar essas pessoas do mercado consumidor“, disse em resposta à pergunta do analista Jorge Kuri, do Morgan Stanley.
“Você vai ter um grande impacto na população que foi incluída no sistema financeiro, que serão excluídos. Onde eles vão se financiar? Como vão comprar? Como farão parte do sistema? Esse é o impacto real“. completou o CEO do Itaú.
“Se temos 8% de juros [no rotativo], temos que cortar – o país como um todo… Sessenta milhões de cartões de crédito precisam ser abandonados”, diz CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho (ele respondia a uma pergunta em inglês com tradução simultânea para português).… pic.twitter.com/1JAoR9jCq0
— O Antagonista (@o_antagonista) November 7, 2023
Maluhy defendeu ainda que a questão do rotativo está envolta em uma narrativa muito perigosa e que a questão esta sendo tratada de forma muito mais política que técnica.
Segundo ele, se não houver uma resolução em 90 dias — como prevê a lei aprovada recentemente no Congresso Nacional — a adoção automática do teto não vai resolver o problema. “Vai diminuir um pouco as taxas, mas não vai resolver nenhuma das questões que temos hoje”.
Sobre o teto de juros no consignado do INSS, Maluhy ressaltou que o problema é que o limite imposto pelo governo acompanha a Seli e não a curva de longo prazo, que seria o mais adequado. “Quando a taxa de juros longa sobe, você acaba perdendo capacidade de originar novos créditos”.
Maluhy lembrou que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) estima que R$ 2 bilhões de produção mensal saíram do mercado com os novos limites impostos ao crédito consignado recentemente. “São R$ 2 bilhões de crédito a menos para aposentados e pensionistas na linha mais barata”.
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