O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, é criticado pelos próprios aliados de governo pela dificuldade para lidar com a segurança pública do país, mas não perde uma oportunidade para tratar de qualquer outro assunto que mobilize atenções Brasil afora. Desta vez, o ministro conseguiu botar o dedo na falta de energia em São Paulo.

“O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, vai notificar a concessionária de energia elétrica em São Paulo para explicar a interrupção nos serviços essenciais”, publicou em seu perfil no X, antigo Twitter, acrescentando que “outras iniciativas serão anunciadas pelo secretário” Wadih Damous.

Energia

A Enel, concessionária de energia em São Paulo, prevê apenas para amanhã, 7, o restabelecimento total de energia no estado após a tempestade da última sexta-feira, que deixou ao menos 2,5 milhões de imóveis sem energia elétrica.

O governo paulista informou neste domingo que “todos os hospitais estão funcionando normalmente e possuem geradores para suprir possíveis problemas de fornecimento de energia, sem prejuízo aos pacientes”.

“Delegacias, distritos policiais e um batalhão da PM que estavam sem energia já retornaram à normalidade, sem registro de novas interrupções ou prejuízo na comunicação de ocorrências. O temporal provocou danos em sete viaturas que, por enquanto, ficarão fora do patrulhamento até a conclusão de reparos”, diz o governo em nota.

A Sabesp solicitou economia de água até a normalização do sistema de abastecimento. “Em razão das fortes chuvas da última sexta, a falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequentemente, o abastecimento de água em diversas regiões”, informou a empresa.

Mortes

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil confirmaram sete mortes em decorrência das chuvas em São Paulo. Uma pessoa morreu em Limeira, atingida por um muro. Também foi registrado um óbito em Osasco, após a queda de uma árvore sobre um carro. Uma pessoa morreu em Santo André atingida por destroços que caíram de um prédio; uma em Suzano e duas na capital, todas após quedas de árvores. Outro falecimento ocorreu em Ilhabela, em decorrência de um naufrágio.