Haddad, um poste apagado
Entre traições internas e a crescente dificuldade com o Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, paga o preço da submissão a Lula ao ver sua defesa do déficit zero desacreditada, diz Crusoé...
Entre traições internas e a crescente dificuldade com o Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, paga o preço da submissão a Lula ao ver sua defesa do déficit zero desacreditada, diz Crusoé.
“Desautorizado, irritado e sem ter o que mostrar após dez meses à frente do Ministério da Fazenda, Haddad precisará encontrar uma estratégia de desembarque da meta fiscal que preserve o pouco que lhe restou de capital político. Entre traições internas e a crescente dificuldade com o Congresso Nacional, em razão das frequentes quebras de acordo promovidas por Lula, o ‘favorito’ do presidente está encurralado. A tal ponto que seu principal aliado, neste momento, é o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), segundo apurou Crusoé. Na terça-feira, durante reunião com Lula, Lira alertou sobre as insatisfações do Congresso com emissários do governo, mas poupou o ministro da Fazenda.”
“Em Brasília, no mercado financeiro e em outros setores da economia, ninguém achava que a ideia de zerar o déficit sobreviveria por muito mais tempo. Em agosto, mais de cem economistas ouvidos pelo boletim Focus, do Banco Central, já haviam deixado evidente essa expectativa. Em setembro, o deputado Danilo Forte (União-CE), relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, o PLDO, alertara publicamente o Planalto que sem mudança da meta fiscal seria impossível evitar o contingenciamento de gastos em 2024 – algo que nenhum governo aceita fazer em um ano eleitoral. Um déficit fiscal entre 0,5% e 1% do PIB em 2024 é mencionado abertamente no Congresso há várias semanas.”
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