“Esse governo escolhe os caminhos mais tortuosos”, diz presidente do PP sobre meta fiscal para 2024
Senador Ciro Nogueira criticou a discussão dentro do governo do presidente Lula sobre a mudança na mesta fiscal para 2024...
Horas depois de o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmar que os partidos do Centrão ingressaram definitivamente na base aliada, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), divulgou nota onde crítica o governo por conta das discussões sobre a meta fiscal para 2024. O partido de Nogueira foi contemplado com o Ministério do Esporte e mais recentemente com a indicação feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a presidência da Caixa.
Segundo Ciro Nogueira, matérias como o novo Marco Fiscal e a reforma tributária não teriam sido aprovadas na Câmara sem o apoio do PP.
“Porém, esse governo escolhe os caminhos mais tortuosos possíveis na administração fiscal do país. Tanto a Câmara quanto o Senado acreditaram na seriedade fiscal apresentada pelo governo quando da tramitação do novo Marco Fiscal. Depois de apenas dois meses da promulgação da Lei do Marco Fiscal, o Presidente da República vem a público para desacreditá-lo. Sem sequer tratar do tema com o Congresso”, afirmou Ciro Nogueira.
O ministro da Casa-Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) criticou o texto do Marco Fiscal, que retirou a possibilidade de punição contra o presidente da República em caso de descumprimento da mesta fiscal. “Essa faculdade não se configura, em nenhuma hipótese num cheque em branco para que o Execuvo descumpra a meta fiscal da forma como queira. Isso significa subverter a disposição legal e não ter o mínimo de responsabilidade fiscal”, completou o presidente do PP.
Como noticiamos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute a primeira mudança na meta fiscal de 2024, que pode sair de zero para até 0,5% do PIB. A polêmica começou na sexta-feira (27), após o presidente Lula afirmar publicamente que a meta de zerar o deficit primário nas contas públicas em 2024 não deve ser cumprida.
Na segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se irritou ao ser questionado sobre a meta fiscal.
Haddad reclamou do que chamou de “erosão da base fiscal” e não explicou qual será a meta. Na prática, o ministro está cada vez mais isolado no empenho de fechar as contas do próximo ano no azul.
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