A Polícia Federal prendeu quatro policiais civis, incluindo um delegado, suspeitos de por trafico de drogas no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 20. A operação ocorreu apenas um dia após o novo secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, afirmar que a instituição ”não precisa de babá”.

A operação Déjà Vu da PF é um desdobramento da operação Turfe, realizada em fevereiro deste ano, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas.

Durante essa operação, os policiais federais monitoraram e acompanharam uma carga de cocaína que seria exportada em contêineres, com destino ao Porto do Rio de Janeiro. Ao todo, foram apreendidas 17 malas contendo meia tonelada da droga.

No entanto, durante o monitoramento, os agentes do 25ª DP (Engenho de Dentro) abordaram o caminhão que transportava a droga na saída do Complexo da Maré e prenderam em flagrante o motorista do veículo. Porém, para surpresa da Polícia Federal, os policiais civis apresentaram apenas sete malas contendo aproximadamente 220 quilos de cocaína, apropriando-se das outras dez malas que totalizavam 280 quilos do entorpecente.

Após investigação, a PF constatou a participação do delegado titular da unidade, de outro policial civil e da irmã de um dos policiais envolvidos na ocorrência.

Ontem, a PF prendeu de quatro policiais civis e um advogado no Rio de Janeiro, acusados de venderem e escoltarem uma carga de 16 toneladas de maconha para traficantes ligados ao Comando Vermelho.

Após a operação, o secretário de Segurança Pública do estado, Marcus Amim, disse: “Aplaudo, mas a Polícia Civil precisa cuidar do próprio quintal. Não precisa de babá. Fui o responsável pela operação que mais bateu em policiais corruptos e vou continuar assim como secretário”.