Onde foram parar as vacinas?
O cientista de dados Apolinário Passos, criador de uma plataforma que mede os estoques de vacinas do Ministério da Saúde, disse que faz esse trabalho porque o governo não faz. "Eu sentia uma dificuldade na disseminação de dados principalmente com relação à...
O cientista de dados Apolinário Passos, criador de uma plataforma que mede os estoques de vacinas do Ministério da Saúde, disse que faz esse trabalho porque o governo não faz.
“Eu sentia uma dificuldade na disseminação de dados principalmente com relação à disponibilidade de vacinas. A gente tinha dashboards [painéis] oficiais, tem o consórcio de imprensa e o próprio Ministério da Saúde que focavam muito na porcentagem de vacinas aplicadas”, disse Passos, em entrevista a O Antagonista.
“O que eu senti falta era justamente esse processo todo – então desde fevereiro a gente tinha notícia ‘chegou IFA da Fiocruz’, ‘chegou IFA do Butantan’, ‘entregou vacina pronta’, mas não tinha nenhuma instituição, nenhum mecanismo, que acompanhava quanto de IFA chegou, quanto que isso equivale ao total, quanto tem cada contrato, quando que vai entregar cada dose”, acrescentou.
O painel público do Ministério da Saúde informa vários dados sobre a distribuição e aplicação de vacinas, mas não deixa claro quantas estão em estoque a cada momento. Por vezes, o estoque ultrapassa os 10 milhões de doses.
Passos também lembrou que em fevereiro, quando criou o painel, o Ministério da Saúde ainda não havia comprado vacinas suficientes para todos os brasileiros. Estavam contratados 100,4 milhões de doses da AstraZeneca e 100 milhões da Coronavac; como ambas são aplicadas em duas doses, poderiam ser aplicadas em 100 milhões de pessoas, menos de metade da população total. Seu trabalho, assim, ajudaria a mostrar essa lacuna.
O secretário de Saúde da prefeitura do Rio, Daniel Soranz, já citou diretamente o site de Apolinário para cobrar do governo federal a distribuição de doses em estoque.
Assista à entrevista na íntegra:
Onde foram parar as vacinas?
O cientista de dados Apolinário Passos, criador de uma plataforma que mede os estoques de vacinas do Ministério da Saúde, disse que faz esse trabalho porque o governo não faz. "Eu sentia uma dificuldade na disseminação de dados principalmente com relação à...
O cientista de dados Apolinário Passos, criador de uma plataforma que mede os estoques de vacinas do Ministério da Saúde, disse que faz esse trabalho porque o governo não faz.
“Eu sentia uma dificuldade na disseminação de dados principalmente com relação à disponibilidade de vacinas. A gente tinha dashboards [painéis] oficiais, tem o consórcio de imprensa e o próprio Ministério da Saúde que focavam muito na porcentagem de vacinas aplicadas”, disse Passos, em entrevista a O Antagonista.
“O que eu senti falta era justamente esse processo todo – então desde fevereiro a gente tinha notícia ‘chegou IFA da Fiocruz’, ‘chegou IFA do Butantan’, ‘entregou vacina pronta’, mas não tinha nenhuma instituição, nenhum mecanismo, que acompanhava quanto de IFA chegou, quanto que isso equivale ao total, quanto tem cada contrato, quando que vai entregar cada dose”, acrescentou.
O painel público do Ministério da Saúde informa vários dados sobre a distribuição e aplicação de vacinas, mas não deixa claro quantas estão em estoque a cada momento. Por vezes, o estoque ultrapassa os 10 milhões de doses.
Passos também lembrou que em fevereiro, quando criou o painel, o Ministério da Saúde ainda não havia comprado vacinas suficientes para todos os brasileiros. Estavam contratados 100,4 milhões de doses da AstraZeneca e 100 milhões da Coronavac; como ambas são aplicadas em duas doses, poderiam ser aplicadas em 100 milhões de pessoas, menos de metade da população total. Seu trabalho, assim, ajudaria a mostrar essa lacuna.
O secretário de Saúde da prefeitura do Rio, Daniel Soranz, já citou diretamente o site de Apolinário para cobrar do governo federal a distribuição de doses em estoque.
Assista à entrevista na íntegra: