07.08.2023
O que Zema disse e o que a esquerda quis ouvir
Em março de 2019, Flávio Dino, do PCdoB, Rui Costa, do PT, e outros sete então governadores de estados nordestinos assinaram o protocolo que criou o Consórcio Nordeste. Flávio Dino, hoje ministro da Justiça do governo Lula, era governador do Maranhão. Rui Costa, hoje ministro-chefe da Casa Civil, era governador da Bahia...
Em março de 2019, Flávio Dino, do PCdoB, Rui Costa, do PT, e outros sete então governadores de estados nordestinos assinaram o protocolo que criou o Consórcio Nordeste. Flávio Dino, hoje ministro da Justiça do governo Lula, era governador do Maranhão. Rui Costa, hoje ministro-chefe da Casa Civil, era governador da Bahia. Um dos dez pontos de parceria conjunta previstos no que eles chamaram de “importante instrumento político e jurídico para o fortalecimento da nossa região” era a busca por maior peso nas decisões nacionais.
Ninguém acusou essa turma de xenofobia, separatismo, fascismo e traição da pátria. Mas bastou Romeu Zema defender o Consórcio Sul-Sudeste, o Cossud, em entrevista ao Estadão, que a esquerda disparou todos os rótulos – o último deles pelo próprio Dino – contra o governador de Minas Gerais e potencial candidato de direita à presidência da República em 2026. É como se a expressão “contra o Nordeste”, usada por portais de notícias para expressar o embate político de dois blocos que buscam maior peso nas decisões nacionais, tivesse sido originalmente dita por Zema e pior: significasse uma iniciativa contrária à população pobre da região.
Na verdade, o governador saiu em defesa dos pobres do Sul e do Sudeste no critério de divisão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, previsto na PEC da reforma tributária, quando disse:
“Está sendo criando um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade…Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais.”
Zema ainda declarou expressamente que “é preciso tratar a todos da mesma forma, as decisões têm que escutar ambos os lados”.
Este programa mostrou nas últimas semanas que a Bahia, governada pelo PT há 16 anos, tem as quatro cidades mais violentas do Brasil, de acordo com o Ipea, e foi o estado líder em número absoluto de mortes pela polícia em 2022, de acordo com o Forum Brasileiro de Segurança Pública. Quem não consegue entregar resultado, portanto, parte para a demonização de seus adversários. A máquina esquerdista de assassinar reputação continua tão ativa quanto o crime organizado nos estados governados pela esquerda.
Assista ao comentário de Felipe Moura Brasil no Papo Antagonista desta segunda-feira (7):