Lula deu sequência à sua ofensiva contra a autonomia do Banco Central após o Comitê de Política Monetária manter a taxa básica de juros em 10,50% ao ano.
A decisão foi unânime — avalizada, portanto, por Gabriel Galípolo e pelos demais diretores indicados pelo petista para o BC (Aílton Aquino, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira).
Durante entrevista à rádio Verdinha de Fortaleza, Lula chamou Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, de “esse rapaz”.
“O presidente da República nunca se mete nas decisões do Copom, do Banco Central. O [Henrique] Meirelles [ex-presidente do BC] tinha autonomia comigo, tanto quanto tem esse rapaz [Campos Neto] tem hoje. Só que o Meirelles era uma pessoa, era um cara que eu tinha o poder de tirar, como Fernando Henrique Cardoso tirou tantos, como outros presidentes tiraram tantos”, afirmou o petista.
“Aí resolveram entender que era importante colocar alguém sabe que tivesse um banco central independente, que tivesse autonomia. Autonomia de quem? Autonomia de quem? Autonomia para servir quem? Autonomia para atender quem?”, acrescentou.
Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam: