Hallal: governo Bolsonaro tem “preconceito” com a Coronavac
O pesquisador Pedro Hallal, coordenador do estudo EPICOVID-19, disse que o governo federal tem "preconceito" com a Coronavac, que ficou evidente em um novo estudo anunciado pelo Ministério da Saúde. No fim de julho, o ministro Queiroga anunciou uma nova pesquisa para avaliar a necessidade de...
O pesquisador Pedro Hallal, coordenador do estudo EPICOVID-19, disse que o governo federal tem “preconceito” com a Coronavac, que ficou evidente em um novo estudo anunciado pelo Ministério da Saúde.
No fim de julho, o ministro Queiroga anunciou uma nova pesquisa para avaliar a necessidade de uma 3ª dose – apenas da Coronavac, que já não é e nem voltará a ser a principal vacina do Brasil.
Pelos dados do Ministério da Saúde, até a tarde desta sexta (5) foram aplicados 68 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, contra 52 milhões da Coronavac. Até o fim do ano, a principal vacina do Brasil deve ser a da Pfizer, já que o governo comprou 200 milhões de doses.
Para o professor, todos os estudos sobre a necessidade de uma 3ª dose de vacina são bem-vindos. “Enquanto estudo científico, é muito válido a gente testar. Claro que quando a gente olha um movimento do Ministério da Saúde específico mirando para a Coronavac, a gente sabe o que está por trás”, disse Hallal a O Antagonista.
“Está por trás um preconceito com essa vacina. Que foi materializado e externado em inúmeras oportunidades ao longo desse período da pandemia. O presidente da República tentava desmoralizar, fez todo o esforço possível para que essa vacina não entrasse no Brasil”, acrescentou.
Hallal também comentou o estudo da candidata a vacina da UFMG, que também será realizado apenas em quem tomou Coronavac. “Isso tudo faz parte dessa lógica de uma campanha difamatória, entende? Existe um interesse muito evidente do governo federal em desqualificar uma das vacinas”.
Procurados por O Antagonista para comentar os estudos que serão realizados apenas em quem tomou Coronavac, o Ministério da Saúde e a UFMG não responderam.
Na entrevista, Hallal, que é doutor em epidemiologia e professor da Universidade Federal de Pelotas, ressaltou que o importante para a população é completar a cobertura vacinal e tomar a 2ª dose, independentemente do debate científico sobre a necessidade de doses adicionais.
O professor disse ainda apostar em um réveillon 2021-2022 “perto do normal”, com aglomeração e sem máscaras.
“Mas é uma aposta”, ressaltou. “A minha opinião de que o réveillon vai ser com aglomeração e sem máscara é baseada no que foi observado nos outros países em relação ao [novo] coronavírus. Mas também temos que admitir que os outros países são muito mais cuidadosos que o Brasil em outros fatores”. A situação vai depender do controle da variante Delta.
Hallal também comentou estudos recentes sobre a combinação de doses de vacinas diferentes e a nova política para a vacinação de grávidas no Brasil.
Assista:
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O pesquisador Pedro Hallal, coordenador do estudo EPICOVID-19, disse que o governo federal tem “preconceito” com a Coronavac, que ficou evidente em um novo estudo anunciado pelo Ministério da Saúde.
No fim de julho, o ministro Queiroga anunciou uma nova pesquisa para avaliar a necessidade de uma 3ª dose – apenas da Coronavac, que já não é e nem voltará a ser a principal vacina do Brasil.
Pelos dados do Ministério da Saúde, até a tarde desta sexta (5) foram aplicados 68 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, contra 52 milhões da Coronavac. Até o fim do ano, a principal vacina do Brasil deve ser a da Pfizer, já que o governo comprou 200 milhões de doses.
Para o professor, todos os estudos sobre a necessidade de uma 3ª dose de vacina são bem-vindos. “Enquanto estudo científico, é muito válido a gente testar. Claro que quando a gente olha um movimento do Ministério da Saúde específico mirando para a Coronavac, a gente sabe o que está por trás”, disse Hallal a O Antagonista.
“Está por trás um preconceito com essa vacina. Que foi materializado e externado em inúmeras oportunidades ao longo desse período da pandemia. O presidente da República tentava desmoralizar, fez todo o esforço possível para que essa vacina não entrasse no Brasil”, acrescentou.
Hallal também comentou o estudo da candidata a vacina da UFMG, que também será realizado apenas em quem tomou Coronavac. “Isso tudo faz parte dessa lógica de uma campanha difamatória, entende? Existe um interesse muito evidente do governo federal em desqualificar uma das vacinas”.
Procurados por O Antagonista para comentar os estudos que serão realizados apenas em quem tomou Coronavac, o Ministério da Saúde e a UFMG não responderam.
Na entrevista, Hallal, que é doutor em epidemiologia e professor da Universidade Federal de Pelotas, ressaltou que o importante para a população é completar a cobertura vacinal e tomar a 2ª dose, independentemente do debate científico sobre a necessidade de doses adicionais.
O professor disse ainda apostar em um réveillon 2021-2022 “perto do normal”, com aglomeração e sem máscaras.
“Mas é uma aposta”, ressaltou. “A minha opinião de que o réveillon vai ser com aglomeração e sem máscara é baseada no que foi observado nos outros países em relação ao [novo] coronavírus. Mas também temos que admitir que os outros países são muito mais cuidadosos que o Brasil em outros fatores”. A situação vai depender do controle da variante Delta.
Hallal também comentou estudos recentes sobre a combinação de doses de vacinas diferentes e a nova política para a vacinação de grávidas no Brasil.
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