Glauber Braga, o deputado inimputável Glauber Braga, o deputado inimputável
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18.04.2024

Glauber Braga, o deputado inimputável

Deputado federal Glauber Braga protagonizou um rompante de fúria e agressões físicas para fazer história na Câmara

O deputado Glauber Braga protagonizou um rompante de fúria e agressões físicas para fazer história na Câmara dos Deputados. Talvez você tenha visto só o vídeo do chute no traseiro do militante do MBL. Teve bem mais que isso e você pode conferir no Narrativas Antagonista 131.

Primeiro há o bate-boca com o militante que estava ali fazendo o que o MBL sempre faz, perguntas provocativas. Há quem argumente que o CQC fazia igual e, quando o deputado se descontrolava, o povo ficava bravo com ele, não com o repórter. É verdade. Há quem argumente que o MBL exagera nas provocações, o que é verdade também. Só que o PSOL não pode reclamar disso.

Pense que a reclamação viesse de um Geraldo Alckmin. Ou de um Henrique Meirelles, Roberto Freire, Eduardo Jorge, Fernando Gabeira. Eu entenderia. Eles fazem a política de outro modo. Mas o PSOL é tão estridente, invasivo e irritante quanto o MBL.

Quando Ciro Gomes deu um pescotapa em Arthur Mamãe Falei, foi tratado como “coroné” pela esquerda. Retratado como descontrolado, antiquado, machista e o escambau. E foi só um pescotapa, uma retorsão imediata. Falou, tomou.

Glauber Braga arrastou o militante do MBL até a porta da Câmara e deu um chute no traseiro. Daí continuou indo atrás dele, na rua mesmo, gritando e tentando bater de novo. Foi contido por gente do PSOL e, na tentativa de brigar, partiu para cima deles também. Chegou a polícia legislativa para conter, ele vai para cima da polícia tentando pegar o militante. Pede que prendam o militante. Vão todos para a delegacia legislativa.

O deputado não consegue se controlar emocionalmente. Estoura de novo, chama o deputado Kim Kataguiri de nazista e fascista, vai para cima dele também. Depois se enfia em um seminário sobre educação e defende que liberais sejam aniquilados.

Uma pessoa com esse temperamento e essas atitudes pode ter poder nas mãos? A resposta é não. Sem dúvida nenhuma. A esquerda fala até agora que deveria ter interrompido Jair Bolsonaro quando ele começou a falar em fechamento do Congresso. Precisa agora interromper quem começou a reagir com pancadaria e sem nenhum controle emocional a provocações políticas.

Hoje me perguntaram várias vezes se eu não perderia a calma com esse pessoal que te provoca. Já perdi inclusive e dei um pescotapa com gosto. Sei que é errado e que não deveria ter feito. Só que eu não sou criança nem inimputável, bati com gosto e disse que assumiria as consequências com gosto.

Ocorre que eu não sou autoridade nem servidora pública. Se fosse, não reagiria em respeito ao cargo. Se perdesse o controle emocional, assumiria as consequências como adulta e renunciaria. Não tem dignidade para representar o povo quem não coloca os interesses do povo acima das próprias questões emocionais.

O problema do deputado Glauber Braga não é só o descontrole emocional evidente e o pendor autoritário. O problema é estar cercado de adolescentes de 40 anos. A panelinha quer que ele não assuma as consequências do que fez. Teríamos aí o deputado inimputável, coisa que ele não é.

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Deputado federal Glauber Braga protagonizou um rompante de fúria e agressões físicas para fazer história na Câmara

O deputado Glauber Braga protagonizou um rompante de fúria e agressões físicas para fazer história na Câmara dos Deputados. Talvez você tenha visto só o vídeo do chute no traseiro do militante do MBL. Teve bem mais que isso e você pode conferir no Narrativas Antagonista 131.

Primeiro há o bate-boca com o militante que estava ali fazendo o que o MBL sempre faz, perguntas provocativas. Há quem argumente que o CQC fazia igual e, quando o deputado se descontrolava, o povo ficava bravo com ele, não com o repórter. É verdade. Há quem argumente que o MBL exagera nas provocações, o que é verdade também. Só que o PSOL não pode reclamar disso.

Pense que a reclamação viesse de um Geraldo Alckmin. Ou de um Henrique Meirelles, Roberto Freire, Eduardo Jorge, Fernando Gabeira. Eu entenderia. Eles fazem a política de outro modo. Mas o PSOL é tão estridente, invasivo e irritante quanto o MBL.

Quando Ciro Gomes deu um pescotapa em Arthur Mamãe Falei, foi tratado como “coroné” pela esquerda. Retratado como descontrolado, antiquado, machista e o escambau. E foi só um pescotapa, uma retorsão imediata. Falou, tomou.

Glauber Braga arrastou o militante do MBL até a porta da Câmara e deu um chute no traseiro. Daí continuou indo atrás dele, na rua mesmo, gritando e tentando bater de novo. Foi contido por gente do PSOL e, na tentativa de brigar, partiu para cima deles também. Chegou a polícia legislativa para conter, ele vai para cima da polícia tentando pegar o militante. Pede que prendam o militante. Vão todos para a delegacia legislativa.

O deputado não consegue se controlar emocionalmente. Estoura de novo, chama o deputado Kim Kataguiri de nazista e fascista, vai para cima dele também. Depois se enfia em um seminário sobre educação e defende que liberais sejam aniquilados.

Uma pessoa com esse temperamento e essas atitudes pode ter poder nas mãos? A resposta é não. Sem dúvida nenhuma. A esquerda fala até agora que deveria ter interrompido Jair Bolsonaro quando ele começou a falar em fechamento do Congresso. Precisa agora interromper quem começou a reagir com pancadaria e sem nenhum controle emocional a provocações políticas.

Hoje me perguntaram várias vezes se eu não perderia a calma com esse pessoal que te provoca. Já perdi inclusive e dei um pescotapa com gosto. Sei que é errado e que não deveria ter feito. Só que eu não sou criança nem inimputável, bati com gosto e disse que assumiria as consequências com gosto.

Ocorre que eu não sou autoridade nem servidora pública. Se fosse, não reagiria em respeito ao cargo. Se perdesse o controle emocional, assumiria as consequências como adulta e renunciaria. Não tem dignidade para representar o povo quem não coloca os interesses do povo acima das próprias questões emocionais.

O problema do deputado Glauber Braga não é só o descontrole emocional evidente e o pendor autoritário. O problema é estar cercado de adolescentes de 40 anos. A panelinha quer que ele não assuma as consequências do que fez. Teríamos aí o deputado inimputável, coisa que ele não é.

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