29.05.2020
Entrevista: “Quem vai abrir comércio em Belo Horizonte não é astrologia, é virologia”, diz Kalil
Em entrevista ao Gabinete de Crise, de O Antagonista, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse por que acredita que a pandemia da Covid-19 está afetando menos a cidade, na comparação com outras capitais.
"Não tínhamos outra saída, não é questão de direita ou esquerda, ser ou não ser, a favor ou contra: nós fomos absolutamente escravos da ciência médica, estatística e matemática...
Em entrevista ao Gabinete de Crise, de O Antagonista, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse por que acredita que a pandemia da Covid-19 está afetando menos a cidade, na comparação com outras capitais.
“Não tínhamos outra saída, não é questão de direita ou esquerda, ser ou não ser, a favor ou contra: nós fomos absolutamente escravos da ciência médica, estatística e matemática.”
A capital mineira seguiu um protocolo próprio: o prefeito mandou “fechar a cidade” logo no início, impôs uma fiscalização intensa e contou com o entendimento de boa parte da população.
“Nós não temos dois lados: ‘Ah, eu vou para casa refletir’. Não, eu vou me encontrar com virologista.”
Kalil disse também:
“Achar que o não isolamento, o achismo ou a astrologia iriam resolver a pandemia… Nós não temos dois lados. Nós temos o lado que a ciência indica e temos o lado da ignoração absoluta. Nós não temos opiniões, divergências políticas, ‘eu sou de direita ou eu sou de esquerda’. Nós só temos um lado: a terra é redonda e quem manda na medicina é médico.”
Ele afirmou, ainda, que a economia local terá de receber um cuidado especial no período pós-pandemia, mas ponderou que, por enquanto, empresário algum vai fazer pressão na Prefeitura de Belo Horizonte.
“Pressão funciona para frouxo. Quem faz pressão aqui neste momento é médico e cientista. É claro que há um segundo período, pós-pandemia, que nós temos que ajudar o pessoal, mas quem vai abrir comércio em Belo Horizonte não é astrologia, é virologia: simples assim.”
Assista à íntegra da entrevista ao Gabinete de Crise: