Dose de reforço vem para ajudar, diz pesquisador
O oncologista Bruno Filardi, pesquisador do Instituto do Câncer Brasil, disse que a aplicação de uma dose de reforço de vacina contra a Covid em todos os adultos é uma boa decisão, embora as evidências científicas a favor ainda sejam preliminares. "Ela só vem para ajudar. O que nós estamos discutindo aqui é que as evidências que [a]...
O oncologista Bruno Filardi, pesquisador do Instituto do Câncer Brasil, disse que a aplicação de uma dose de reforço de vacina contra a Covid em todos os adultos é uma boa decisão, embora as evidências científicas a favor ainda sejam preliminares.
“Ela só vem para ajudar. O que nós estamos discutindo aqui é que as evidências que [a] ratificam ainda são preliminares. São mais hipotéticas, mais observacionais, mas eu assinaria embaixo (…) fazer uma terceira dose para toda a população”, disse Filardi, em entrevista a O Antagonista.
“Lendo a nota técnica do Ministério da Saúde, a gente percebe que o estudo que norteou essa decisão foi um estudo que não tem uma grande aplicação para a nossa realidade, que foi o estudo de Israel”, acrescentou.
Filardi se refere a uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine que mostrou que as infecções e hospitalizações por Covid foram bem menores entre os maiores de 60 anos que tomaram dose de reforço da vacina da Pfizer, em comparação com os que receberam apenas as duas doses.
Israel, porém, teve o que o Filardi chama de “problema”: adotou intervalo de 3 semanas entre as doses da vacina, em vez de 12 semanas como inicialmente foi praticado no Reino Unido e no Brasil. “A gente sabe pela fisiologia da resposta imunológica que você tem um tempo de maturação (…) que vai servir de base para que seja construída a nossa resposta imune. Quando você tem um tempo muito curto entre uma resposta e outra, você não tem tempo o suficiente de aperfeiçoar, de aumentar a afinidade das nossas células de defesa”.
Filardi conduz um estudo sobre dose de reforço. A pesquisa, que começou a recrutar neste mês voluntários que receberam duas doses da Coronavac, vai comparar os efeitos de uma 3ª dose da mesma vacina com uma dose do imunizante da AstraZeneca. Ele espera ter resultados preliminares até o fim de janeiro, quando milhões de brasileiros já terão recebido doses de reforço fora do ensaio clínico.
Assista à entrevista na íntegra:
Dose de reforço vem para ajudar, diz pesquisador
O oncologista Bruno Filardi, pesquisador do Instituto do Câncer Brasil, disse que a aplicação de uma dose de reforço de vacina contra a Covid em todos os adultos é uma boa decisão, embora as evidências científicas a favor ainda sejam preliminares. "Ela só vem para ajudar. O que nós estamos discutindo aqui é que as evidências que [a]...
O oncologista Bruno Filardi, pesquisador do Instituto do Câncer Brasil, disse que a aplicação de uma dose de reforço de vacina contra a Covid em todos os adultos é uma boa decisão, embora as evidências científicas a favor ainda sejam preliminares.
“Ela só vem para ajudar. O que nós estamos discutindo aqui é que as evidências que [a] ratificam ainda são preliminares. São mais hipotéticas, mais observacionais, mas eu assinaria embaixo (…) fazer uma terceira dose para toda a população”, disse Filardi, em entrevista a O Antagonista.
“Lendo a nota técnica do Ministério da Saúde, a gente percebe que o estudo que norteou essa decisão foi um estudo que não tem uma grande aplicação para a nossa realidade, que foi o estudo de Israel”, acrescentou.
Filardi se refere a uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine que mostrou que as infecções e hospitalizações por Covid foram bem menores entre os maiores de 60 anos que tomaram dose de reforço da vacina da Pfizer, em comparação com os que receberam apenas as duas doses.
Israel, porém, teve o que o Filardi chama de “problema”: adotou intervalo de 3 semanas entre as doses da vacina, em vez de 12 semanas como inicialmente foi praticado no Reino Unido e no Brasil. “A gente sabe pela fisiologia da resposta imunológica que você tem um tempo de maturação (…) que vai servir de base para que seja construída a nossa resposta imune. Quando você tem um tempo muito curto entre uma resposta e outra, você não tem tempo o suficiente de aperfeiçoar, de aumentar a afinidade das nossas células de defesa”.
Filardi conduz um estudo sobre dose de reforço. A pesquisa, que começou a recrutar neste mês voluntários que receberam duas doses da Coronavac, vai comparar os efeitos de uma 3ª dose da mesma vacina com uma dose do imunizante da AstraZeneca. Ele espera ter resultados preliminares até o fim de janeiro, quando milhões de brasileiros já terão recebido doses de reforço fora do ensaio clínico.
Assista à entrevista na íntegra: