O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) disse acreditar que o voto impresso vai servir para evitar discursos sobre fraude nas eleições de 2022.
“Essa crítica, ou esse apontamento aí de uma possível fraude que venha a ocorrer ou que vai ocorrer – é exatamente para evitar esse tipo de discurso que a gente precisa implementar essa contraprova do voto auditável, voto impresso”, disse Martins a O Antagonista.
“O sistema eleitoral, veja, é o processo para legitimar quem vai assumir o mandato, quem vai exercer o poder. Então tem que haver uma fé, inclusive de quem perdeu, e dos eleitores que fizeram outra escolha, de que aquele que está ocupando o cargo realmente recebeu os votos. E não pode haver esse tipo de confusão populista, que pode ser levantada pelo Bolsonaro, pode ser levantada pelo Lula, caso ele venha a perder – por qualquer um outro candidato, colocando a democracia em instabilidade. Eu não quero isso”.
Martins preside na Câmara a Comissão da PEC do Voto Impresso, que realiza mais uma sessão na tarde desta quinta (20), às 15h.
Nos Estados Unidos, mesmo após recontagens de votos em vários estados em 2020, a contestação do resultado, liderada por Donald Trump, culminou na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, que resultou em cinco mortes.
O Antagonista perguntou a Martins por que no Brasil seria diferente. Ele respondeu: “Foi assim tendo a recontagem, imagina se não tivesse. Poderia ser muito pior”.
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