24.05.2021
Comportamento é mais importante do que variante indiana, diz pesquisador da Fiocruz
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador na Fiocruz do grupo InfoGripe, disse ao Papo Antagonista que o comportamento dos brasileiros é mais importante para a evolução da pandemia do que uma possível disseminação da variante indiana...
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador na Fiocruz do grupo InfoGripe, disse ao Papo Antagonista que o comportamento dos brasileiros é mais importante para a evolução da pandemia do que uma possível disseminação da variante indiana.
“Está em nossas as mãos evitar o estabelecimento dessas variantes caso a gente receba pessoas infectadas no nosso país”, disse, em entrevista nesta segunda (24). “Mas de novo: a gente pode também, mantendo o nível que a gente está mantendo hoje no número de casos no Brasil – nós mesmos estamos de novo correndo o risco de gerar no Brasil novas variantes importantes”.
Quanto maior o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, maior a possibilidade de surgirem mutações importantes. Por isso, as principais variantes tendem a ter origem nos países com grande número de casos.
No começo da entrevista, Gomes afirmou que não há definição clara do conceito de “onda” em epidemiologia. Ele prefere usar o termo “fases de crescimento”.
Sobre a possibilidade de uma terceira fase de crescimento da pandemia no Brasil, Gomes disse: “A curva Brasil, inclusive, ela está num patamar hoje de estabilização, de interrupção de queda, que é superior ao dos dois picos do ano passado”.
O principal recado do pesquisador na entrevista foi que evitar futuras ondas da pandemia depende de nós. “Se a gente baixar a guarda, achar que está tudo bem e a epidemia está resolvida, acontece o que aconteceu agora” – isto é, o número de casos novos e de mortes por dia para de cair.
Assista: