Alcolumbre se diz triste com cobranças e promete sabatina de Mendonça na próxima semana
A sessão da CCJ do Senado destinada ao início da discussão da PEC dos Precatórios começou com o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (foto), reclamando de estar sendo cobrado para pautar a sabatina de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro a uma vaga do STF. O senador pelo Amapá se disse "muito triste" com a situação. Há mais de quatro meses, Alcolumbre está sentado em cima da indicação feita pelo presidente...
A sessão da CCJ do Senado destinada ao início da discussão da PEC dos Precatórios começou com o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (foto), reclamando de estar sendo cobrado para pautar a sabatina de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro a uma vaga do STF.
O senador pelo Amapá se disse “muito triste” com a situação. Há mais de quatro meses, Alcolumbre está sentado em cima da indicação feita pelo presidente.
Ele anunciou que há oito senadores interessados em relatar a indicação de Mendonça. Em razão disso, será feita uma reunião para se tentar chegar a um consenso. Alcolumbre sinalizou que poderá pautar essa indicação e a de outras nove autoridades na próxima semana, em um “esforço concentrado” convocado por Rodrigo Pacheco.
Mas, em momento algum, Alcolumbre definiu datas e horários.
Ele insistiu que cabe a ele, como presidente, fazer a pauta do colegiado.
“Porque, senão fosse assim, o Senado Federal poderia fazer as pautas do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos tribunais regionais. Cada um faz a sua pauta, cada presidente tem autonomia e autoridade conferida para fazer a pauta e a agenda que é necessária.”
Alcolumbre acrescentou que, com a cobrança, tem se sentido “ofendido pessoalmente, na minha família e na minha religião”. Alcolumbre é judeu. Mendonça é o “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro.
“Chegaram ao cúmulo de levantarem a questão religiosa sobre a sabatina de uma autoridade. (…) Um judeu perseguindo um evangélico? Essa narrativa chegou ao meu estado. Eu tenho uma relação com todas as igrejas. O Estado brasileiro é laico, está na Constituição.”
Vários senadores se manifestaram sobre o tema na sessão ainda em andamento.
Esperidião Amin (PP) deu um pito em Alcolumbre, chamando-o de “súdito rebelde” por estar desrespeitando o regimento do Senado pela demora na sabatina de Mendonça. Amin falou em “contravenção ao regimento” e acrescentou que seu protesto contra Alcolumbre não é “religioso, político ou pessoal”. “Eu desejo e cobrarei ostensivamente o cumprimento do regimento, que está sendo descumprido”.
Assista:
Alcolumbre se diz triste com cobranças e promete sabatina de Mendonça na próxima semana
A sessão da CCJ do Senado destinada ao início da discussão da PEC dos Precatórios começou com o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (foto), reclamando de estar sendo cobrado para pautar a sabatina de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro a uma vaga do STF. O senador pelo Amapá se disse "muito triste" com a situação. Há mais de quatro meses, Alcolumbre está sentado em cima da indicação feita pelo presidente...
A sessão da CCJ do Senado destinada ao início da discussão da PEC dos Precatórios começou com o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (foto), reclamando de estar sendo cobrado para pautar a sabatina de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro a uma vaga do STF.
O senador pelo Amapá se disse “muito triste” com a situação. Há mais de quatro meses, Alcolumbre está sentado em cima da indicação feita pelo presidente.
Ele anunciou que há oito senadores interessados em relatar a indicação de Mendonça. Em razão disso, será feita uma reunião para se tentar chegar a um consenso. Alcolumbre sinalizou que poderá pautar essa indicação e a de outras nove autoridades na próxima semana, em um “esforço concentrado” convocado por Rodrigo Pacheco.
Mas, em momento algum, Alcolumbre definiu datas e horários.
Ele insistiu que cabe a ele, como presidente, fazer a pauta do colegiado.
“Porque, senão fosse assim, o Senado Federal poderia fazer as pautas do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos tribunais regionais. Cada um faz a sua pauta, cada presidente tem autonomia e autoridade conferida para fazer a pauta e a agenda que é necessária.”
Alcolumbre acrescentou que, com a cobrança, tem se sentido “ofendido pessoalmente, na minha família e na minha religião”. Alcolumbre é judeu. Mendonça é o “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro.
“Chegaram ao cúmulo de levantarem a questão religiosa sobre a sabatina de uma autoridade. (…) Um judeu perseguindo um evangélico? Essa narrativa chegou ao meu estado. Eu tenho uma relação com todas as igrejas. O Estado brasileiro é laico, está na Constituição.”
Vários senadores se manifestaram sobre o tema na sessão ainda em andamento.
Esperidião Amin (PP) deu um pito em Alcolumbre, chamando-o de “súdito rebelde” por estar desrespeitando o regimento do Senado pela demora na sabatina de Mendonça. Amin falou em “contravenção ao regimento” e acrescentou que seu protesto contra Alcolumbre não é “religioso, político ou pessoal”. “Eu desejo e cobrarei ostensivamente o cumprimento do regimento, que está sendo descumprido”.
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