Diego Amorim nos conta, também em vídeo, o que podemos esperar da semana, em cinco pontos:
1) Quem assumirá a missão?
A semana começa com expectativa em torno da escolha do novo ministro da Saúde. Na última sexta-feira, Nelson Teich foi o segundo ministro a deixar o cargo em menos de um mês.
No fim de semana, o governo informou que o general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o comando da pasta.
Número dois do ministério, Pazuello terá a missão de coordenar a mudança de protocolo para permitir o uso da cloroquina em estágio inicial da Covid-19 e em pacientes com sintomas leves, como quer Jair Bolsonaro.
2) Fato novo
A Procuradoria-Geral da República pediu no domingo que a Polícia Federal ouça o depoimento de Paulo Marinho no inquérito já aberto para apurar a suposta interferência política de Jair Bolsonaro na corporação.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o empresário afirmou que Flávio Bolsonaro — de quem é suplente no Senado — foi avisado com antecedência sobre uma operação da PF que atingiria Fabrício Queiroz.
A própria PF também abriu um inquérito para investigar a acusação de Marinho de que Flávio sabia com antecedência que a Operação Furna da Onça seria deflagrada.
Ainda não há data agendada para as oitivas.
3) O vídeo de 22 de abril
O ministro Celso de Mello, do STF, vai assistir nesta segunda-feira à gravação da reunião ministerial de 22 de abril. O decano do Supremo é o relator do inquérito sobre a saída de Sergio Moro do governo.
Depois de assistir à gravação, ele decidirá sobre o sigilo do material.
A PGR e a Advocacia-Geral da União pediram a divulgação parcial do vídeo, somente das falas do presidente da República. Já a defesa de Moro quer a disponibilização integral da gravação.
4) Guedes espera Bolsonaro
Jair Bolsonaro deve se reunir nesta semana com Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e governadores, por videoconferência.
O encontro será para tratar dos vetos à possibilidade de reajustes salariais de servidores públicos no âmbito do projeto de socorro financeiro a estados e municípios.
Paulo Guedes tem pedido ao presidente que vete os trechos que abrem brecha para os reajustes. O prazo para que Bolsonaro decida termina no próximo dia 27.
O Congresso deixou de fora do congelamento de salários, com ajuda da base do governo, servidores da área de saúde, policiais militares, bombeiros, guardas municipais, policiais federais, policiais rodoviários federais, trabalhadores de limpeza urbana, de assistência social, agentes socioeducativos, técnicos e peritos criminais, professores da rede pública federal, estadual e municipal, além de integrantes das Forças Armadas.
5) A pauta do Congresso
No Senado, poderão ser votados projetos como o que estabelece o tabelamento de juros em 20% no cartão de crédito e no cheque especial e o que aumenta de 20% para 50% a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
Na Câmara, há possibilidade de entrarem na pauta a proposta que suspende ações judiciais de execução e decretação de falência e a Medida Provisória que permite redução de salários e de jornada de trabalho ou suspensão do contrato trabalhista durante a pandemia.
Bom dia e boa semana.