Saiba tudo o que disse Wagner Rosário à CPI
O ministro da CGU, Wagner Rosário, prestou depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (21), sob as acusações de possível prevaricação diante de irregularidades em contratos firmados pelo Ministério da Saúde. Rosário negou que o contrato da Covaxin tenha sido superfaturado e disse...
O ministro da CGU, Wagner Rosário, prestou depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (21), sob as acusações de possível prevaricação diante de irregularidades em contratos firmados pelo Ministério da Saúde.
Rosário negou que o acordo da Covaxin tenha sido superfaturado e disse que a CGU não pediu o afastamento de Roberto Dias, diante da suspeita de irregularidades em negociações para a aquisição de testes rápidos, porque o caso só chegou ao órgão de controle em agosto do ano passado.
O ministro bateu boca com os senadores diversas vezes, chamou Simone Tebet de descontrolada (MDB-MS), foi chamado de “moleque” por Otto Alencar (PSD-BA) e passou a ser investigado pela comissão.
Saiba tudo o que disse Wagner Rosário à CPI:
Compra de 12 milhões de testes
- Wagner Rosário negou que tenha prevaricado diante das suspeitas envolvendo as negociações para a compra de 12 milhões de testes de Covid. O lobista Marconny Faria, ouvido pela comissão na semana passada, e o ex-diretor de Logistica do Ministério da Saúde Roberto Dias estariam envolvidos no caso.
- Os senadores afirmaram que, desde outubro do ano passado, a CGU poderia ter agido para impedir a ação de Faria.
Roberto Dias
- O ministro admitiu que, apesar de a CGU ter concluído a investigação sobre Roberto Dias em 31 de março, não pediu seu afastamento.
- Segundo ele, o caso era alvo da Operação Hospedeiro e estava sob segredo de justiça.
Covaxin
- Wagner Rosário afirmou que o contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para a compra da Covaxin não gerou prejuízos aos cofres públicos.
- Segundo o ministro, também não houve superfaturamento.
- O depoente foi questionado pelos senadores sobre o aval que a CGU deu para a negociação. Rosário afirmou que o órgão de controle consultou apenas informações do site da própria empresa para analisar o valor das doses oferecidas. Segundo Renan Calheiros, esse parâmetro é “ridículo”.
Tumulto
- A sessão foi suspensa depois que Wagner Rosário acusou Simone Tebet de mentir sobre as invoices do contrato da Covaxin. A senadora se irritou, e o ministro disse que elas estava “descontrolada”. Para Simone, o ministro tentou engavetar a investigação para proteger o governo federal.
- O ministro foi acusado de machismo por vários parlamentares. O senador Otto Alencar (PSD) chamou Rosário de “moleque” e foi para cima do ministro, com o dedo em riste.
- Depois de um intervalo, o relator Renan Calheiros anunciou que o depoente havia se tornado investigado, e a sessão foi suspensa.
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