Saiba tudo que disse o presidente do Instituto Força Brasil à CPI
O coronel Helcio Bruno, do Instituto Força Brasil, prestou depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (10). Ele foi apontado como um dos responsáveis por intermediar o contato entre representantes da Davati e o Ministério da Saúde...
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O coronel Helcio Bruno, do Instituto Força Brasil, prestou depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (10). Ele foi apontado como um dos responsáveis por intermediar o contato entre representantes da Davati e o Ministério da Saúde, para a venda de imunizantes que não existiam.
O depoente fez uso diversas vezes a um habeas corpus do STF para não responder questionamentos que, segundo ele, poderiam incriminá-lo.
Helcio Bruno disse que não conhecia Amilton de Paula e os representantes da Davati e que não era amigo de Elcio Franco.
Saiba tudo o que disse o presidente do Instituto Força Brasil disse à CPI:
Contato com Amilton de Paula
- Helcio Bruno afirmou que tinha um encontro com o Ministério da Saúde marcado com antecedência no dia 12 de março, para discutir a tramitação de um projeto que previa a compra de imunizantes por empresas.
- O coronel afirmou que, dias antes da reunião na pasta, o reverendo Amilton de Paula foi até o Instituto Força Brasil, em 9 de março, para propor que representantes da Davati também pariticpassem do encontro do dia 12, porque a empresa tinha uma oferta de vacinas para fazer ao governo, mas não havia conseguido uma agenda. Helcio Bruno teria concordado.
- O encontro do dia 9 teria sido a primeira vez em que Helcio e Amilton se encontraram.
Encontro no Ministério da Saúde
- Helcio Bruno disse que, na reunião no Ministério da Saúde do dia 12 de março, conheceu Luiz Paulo Dominguetti e Cristiano Carvalho, da Davati. O depoente recorreu ao habeas corpus do STF e preferiu não dar detalhes sobre o que foi tratado na reunião.
- Também participaram do encontro o reverendo Amilton de Paula; o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco; o coronel Marcelo Pires; e Igor, do Instituto Força Brasil.
- Helcio Bruno disse que não presenciou diálogos sobre vantagens indevidas.
Almoço na casa do reverendo Amilton
- Depois de ter dito que não tinha intimidade com Amilton de Paula e que nunca havia jantado com integrantes da Davati, Helcio Bruno foi confrontado com uma imagem em que aparece sentado a uma mesa com o reverendo e Luiz Paulo Dominguetti.
- O depoente afirmou que a foto foi tirada em um almoço que ocorreu logo após a reunião no Ministério da Saúde.
Relação com Elcio Franco
- Helcio Bruno negou que seja amigo de Elcio Franco e disse que o encontrou apenas em solenidades militares pontuais. O depoente afirmou que “nunca conheceu a família” do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, nem esteve em sua casa.
- Helcio Bruno recorreu ao habeas corpus do STF quando os senadores pediram que ele desse mais detalhes sobre a relação com Elcio Franco.
Influência no governo
- Helcio Bruno negou que exerça influência sobre o governo de Jair Bolsonaro. Ele foi confrontado com a informação de que já se encontrou com Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão e ministros do governo.
- O coronel disse que se reuniu com o presidente em maio de 2019, para “apresentar algumas intenções”, mas não deu mais detalhes.
Publicações do Instituto Força Brasil
- Os senadores questionaram Helcio Bruno sobre publicações do site oficial do Instituto Força Brasil. Nas postagens, Omar Aziz foi comparado a um palhaço, os integrantes da comissão foram chamados de picaretas e o instituto afirmou, sem qualquer embasamento, que “a maioria dos brasileiros é imune ao coronavírus”.
- O site foi tirado do ar durante o depoimento.
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