Saiba tudo o que disse Marcelo Queiroga na CPI
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestou depoimento à CPI da Covid pela segunda oportunidade nesta terça-feira (8). Depois da insistência dos senadores, Queiroga admitiu pela primeira vez que cloroquina não funciona contra a Covid. Ainda assim, continuou tentando defender o presidente Jair Bolsonaro a todo custo...
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestou depoimento à CPI da Covid pela segunda oportunidade nesta terça-feira (8).
Depois da insistência dos senadores, Queiroga admitiu pela primeira vez que cloroquina não funciona contra o coronavírus. Ainda assim, continuou tentando defender o presidente Jair Bolsonaro a todo custo.
Saiba tudo o que disse Marcelo Queiroga na CPI:
Luana Araújo
- Marcelo Queiroga disse que não houve interferência política do governo na decisão de não efetivar Luana Araújo como secretára do Ministério da Saúde, contrariando o depoimento da infectologista na semana passada. Segundo ele, Luana “entendeu errado”.
- Com a declaração, Queiroga também contradisse a si próprio, que afirmou durante audiência na Câmara em maio que a nomeação de Luana precisava de “validação técnica e política“.
- O ministro afirmou que não tinha conhecimento dos posicionamentos da pesquisadora sobre o tratamento precoce e que por isso voltou atrás.
- Queiroga disse que escolherá o substituto de Luana até sexta-feira.
- Ele confirmou que não há infectologistas em sua equipe.
Cloroquina
- Depois de muita insistência dos senadores, Marcelo Queiroga admitiu pela primeira vez que a cloroquina é ineficaz contra a Covid.
- O ministro, no entanto, afirmou que a discussão sobre o medicamento é “lateral” e não acaba com a pandemia.
- Queiroga disse que não vai retirar do site do Ministério da Saúde uma nota informativa que recomenda dosagens de cloroquina. Segundo ele, a nota “perdeu o objeto” e “faz parte da história”.
Vacinas
- Marcelo Queiroga foi questionado sobre a demora para comprar mais 30 milhões de doses da Coronavac para o último trimestre do ano, além dos 100 milhões encomendados.
- O ministro disse que prefere a Butanvac à Coronavac, porque, supostamente, seria mais barata.
- Com apenas 11% da população vacinada, Queiroga disse que a imunização no Brasil “vai bem“.
- O ministro da Saúde confirmou que as vacinas da Janssen vão chegar ao Brasil perto do prazo de validade. Eles vencem no próximo dia 27 de junho e devem ser disponibilizados ao Brasil.
Relação com Jair Bolsonaro
- Marcelo Queiroga disse que não pode julgar as atitudes de Jair Bolsonaro. Segundo ele, as ações falam por si.
- O ministro afirmou que não pode ser “censor do presidente“.
- Queiroga afirmou que tem autonomia para conduzir as políticas públicas do governo, mas que “isso não significa carta branca”.
- O ministro ainda comentou a ação de Bolsonaro contra as medidas de isolamento decretadas por governadores. Ele negou que a decisão do presidente tenha partido de uma orientação sua.
Ministério da Saúde paralelo
- Marcelo Queiroga admitiu que teve contato com Carluxo, Carlos Wizard e Nise Yamaguchi.
- Segundo o ministro, Nise entregou a ele um protocolo de tratamento usado em Cuba.
- Queiroga disse que tem conversas eventuais com Osmar Terra, mas nunca falou com o deputado a respeito de tratamento precoce.
- O ministro negou a existência de um “Ministério da Saúde paralelo”.
Copa América
- Marcelo Queiroga afirmou, em um primeiro momento, que não opinou sobre a realização da Copa América no Brasil.
- Mais tarde, ele disse que informou Jair Bolsonaro sobre os riscos de realizar o evento no país. No entanto, alegou que os protocolos são seguros.
- Segundo Queiroga, não há provas de que a prática competitiva do esporte aumenta a contaminação de atletas.
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