Tetraplégico agora opera computador pelo pensamento
"Sinto que ganhei superpoderes, como 'A Força' de Star Wars", disse Arbaugh
A jornada de Noland Arbaugh com o implante cerebral da Neuralink, inicialmente anunciado em janeiro, avança. Após o primeiro procedimento de implante do chip “Telepathy”, que permite o controle de dispositivos apenas pelo pensamento, Arbaugh experimenta melhorias notáveis em sua qualidade de vida e independência.
Noland, que vive com tetraplegia, dependia anteriormente de um estilete bucal para interagir com tecnologias digitais. Agora, ele controla seu computador e outros dispositivos totalmente com sua mente, eliminando as barreiras físicas impostas por sua condição. “A maior vantagem é que posso ficar deitado na cama e usar [o Link]. Qualquer outra tecnologia exigia que alguém me ajudasse ou que eu me sentasse”, relata Noland.
Desde a instalação, o dispositivo não apenas permitiu a Noland retomar hobbies como jogos online, mas também facilitou atividades diárias, melhorando sua interação social e profissional. Esta atualização ressalta o potencial transformador da tecnologia da Neuralink, não só como ferramenta de acessibilidade, mas como um novo paradigma de interação homem-máquina.
A Neuralink continua a monitorar e aperfeiçoar o desempenho do Link, planejando expandir suas funcionalidades para incluir o controle de membros robóticos e outras tecnologias assistivas. A experiência de Noland Arbaugh representa um marco crucial no desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina, prometendo novos horizontes para pessoas com limitações físicas severas.
Noland Arbaugh, o primeiro paciente a testar o chip cerebral da Neuralink
Noland Arbaugh, 29 anos, ex-atleta e estudante da Texas A&M University, tornou-se conhecido mundialmente após ser o primeiro paciente a receber um implante cerebral desenvolvido pela Neuralink, empresa de Elon Musk.
O dispositivo, implantado no início de 2024, possibilita que Arbaugh controle dispositivos digitais simplesmente pelo pensamento, uma inovação que promete revolucionar o cuidado e a autonomia de pessoas com deficiências físicas severas.
Arbaugh sofreu um acidente devastador em junho de 2016, enquanto trabalhava como monitor em um acampamento, o que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com “absolutamente nenhuma sensibilidade” nos membros. Após o acidente, a comunidade se mobilizou para apoiá-lo, arrecadando fundos para a compra de uma van adaptada e outros equipamentos essenciais para sua nova rotina.
O procedimento de implantação do chip foi realizado por um robô com precisão de “máquina de costura”, que inseriu eletrodos no cérebro de Arbaugh em uma cirurgia de 30 minutos, sem a necessidade de anestesia geral.
O chip, localizado em uma área do cérebro que controla a intenção de movimento, permite que ele execute tarefas que vão desde jogar xadrez até operar um computador, tudo através de seus pensamentos.
“Sinto que ganhei superpoderes, como ‘A Força’ de Star Wars”, disse Arbaugh, referindo-se à sua nova capacidade de interagir com o mundo digital sem movimentos físicos. A tecnologia não apenas devolveu a ele a habilidade de participar de atividades que ama, como também proporcionou uma nova perspectiva de vida.
A Neuralink e Elon Musk continuam a monitorar o progresso de Arbaugh, enquanto planejam futuras aplicações do implante, potencialmente incluindo o controle de membros robóticos e outras inovações que poderiam beneficiar milhões de pessoas ao redor do mundo.
A história de Arbaugh é não apenas um testemunho das possibilidades que a interface cérebro-computador oferece, mas também um vislumbre do futuro da tecnologia assistiva.
Neuralink, de Elon Musk, implanta primeiro chip cerebral (oantagonista.com.br)
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