O que uma sonda da China encontrou na Lua
Cientistas chineses anunciaram a descoberta de vestígios de água em amostras de pedras e solo da Lua coletadas pelo rover Chang'e-5
O rover Chang’e-5 da China concluiu uma missão retornando à Terra, em 2020, com amostras de pedras e solo da Lua. Recentemente, cientistas chineses anunciaram a descoberta de vestígios de água nessas amostras, uma revelação significativa no contexto do programa espacial chinês, conforme reportado por fontes oficiais.
Segundo reportagem do portal de notícias AFP, os cientistas das principais universidades da China, em um estudo publicado na revista Nature Astronomy em 22 de julho, destacaram que as amostras coletadas pelo Chang’e-5 “mostraram a presença de vestígios de água“. Esta descoberta adiciona uma nova camada de conhecimento sobre a Lua, especialmente considerando que as amostras foram coletadas de uma latitude elevada, próxima aos polos lunares.
Comparação com descobertas anteriores
Embora a presença de água na Lua não seja uma novidade absoluta — um detector infravermelho da Nasa já havia confirmado a existência de água em 2020, e vestígios foram encontrados em amostras das missões das décadas de 1960 e 1970 — os novos dados da Chang’e-5 são particularmente valiosos.
Eles fornecem insights sobre a forma que a água assume na superfície lunar, com indicações de que “as moléculas de água podem persistir em áreas ensolaradas da Lua na forma de sais hidratados“.
A missão Chang’e-5 representa a primeira coleta de amostras lunares em quatro décadas, sucedendo a missão Chang’e-4, que realizou a primeira alunissagem na face oculta da Lua em janeiro de 2019. No mês passado, a missão Chang’e-6 foi concluída com sucesso, trazendo as primeiras amostras do lado oculto do satélite natural da Terra.
Corrida espacial
Nos últimos dez anos, a China intensificou seus esforços no campo espacial, almejando competir com potências espaciais estabelecidas, como Rússia e Estados Unidos.
Entre os feitos notáveis, Pequim construiu uma estação espacial própria e se tornou o terceiro país a enviar astronautas ao espaço. Os planos futuros incluem uma missão tripulada à Lua até 2030 e a construção de uma base lunar.
A descoberta de vestígios de água em amostras lunares pode ter implicações significativas para futuras missões espaciais e a possibilidade de uma base lunar sustentável. A presença de água é crucial para a vida e pode facilitar a produção de combustível, tornando mais viáveis as estadias prolongadas na Lua e explorando novas fronteiras para a humanidade.
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