Escassez de mão-de-obra eleva salários para 180 mil euros em área de tecnologia
O mercado de trabalho em 2025 destaca uma forte demanda por profissionais na área de tecnologias de informação (TI),

Com a rápida evolução tecnológica e o envelhecimento populacional, o mercado de trabalho enfrenta um desequilíbrio significativo entre a oferta e a procura de empregos, inclusive, na própria a área de tecnologia.
Especialistas destacam que a requalificação da mão-de-obra é essencial para enfrentar esse desafio e garantir uma transição digital eficaz.
A falta de jovens com competências tecnológicas e a emigração de profissionais qualificados agravam a situação, tornando a requalificação e o aprimoramento das qualificações uma necessidade urgente.
Apesar de Portugal formar cerca de 50 mil licenciados anualmente, muitos não possuem as habilidades demandadas pelas empresas. Além disso, a emigração de jovens qualificados em busca de melhores salários no exterior contribui para a escassez de talentos no país.
Estima-se que mais de 850 mil jovens entre 15 e 39 anos tenham deixado Portugal, dificultando ainda mais o recrutamento de profissionais com competências específicas.
Quais são as áreas de tecnologia mais procuradas em 2025?
O mercado de trabalho em 2025 destaca uma forte demanda por profissionais na área de tecnologias de informação (TI), como arquitetura de cloud, inteligência artificial (IA) e business intelligence.
A remuneração para essas posições pode variar de 60 mil a 180 mil euros anuais, refletindo a escassez de mão-de-obra qualificada. Além disso, cargos como Chief Information Security Officer (CISO) e Chief Technical Officer (CTO) são altamente valorizados, com salários que podem chegar a 180 mil euros anuais.
Profissões técnicas, embora menos diferenciadas, também estão em alta devido à baixa oferta de trabalhadores qualificados.
Técnicos de sistema AVAC, encarregados de obras e motoristas de pesados internacionais são exemplos de funções que estão ganhando valor no mercado.
Empresas têm recorrido a trabalhadores reformados para treinar novos funcionários, evidenciando a necessidade de requalificação contínua.

Como a requalificação pode reduzir o déficit de talentos?
Iniciativas de requalificação profissional são fundamentais para reduzir o déficit de talentos em áreas críticas. Programas como o PRO_MOV, parte da Iniciativa Europeia Reskilling 4 Employment, visam preparar trabalhadores para setores com alta demanda.
Em Portugal, empresas como Sonae e Nestlé participam ativamente dessas iniciativas, promovendo a competitividade e a prosperidade no mercado de trabalho.
O CESAE Digital, por exemplo, oferece formação em competências digitais para mais de 10 mil pessoas anualmente. No entanto, a sub-representação feminina em cursos tecnológicos é um desafio a ser superado.
Apenas cerca de 30% dos participantes em cursos de análise de dados, IA e cibersegurança são mulheres, o que pode ampliar o fosso salarial entre gêneros no futuro.
O futuro do mercado de trabalho em Portugal
O mercado de trabalho em Portugal enfrenta desafios significativos, mas também oportunidades de crescimento e inovação.
A requalificação profissional é uma estratégia crucial para alinhar as competências dos trabalhadores às necessidades do mercado.
Com investimentos em formação e inclusão, é possível criar um ambiente de trabalho mais equilibrado e competitivo. O foco em áreas como eficiência energética, mobilidade elétrica e economia verde também aponta para um futuro promissor.
À medida que o país avança na transição digital, a colaboração entre governo, empresas e instituições de ensino será essencial para garantir que a força de trabalho esteja preparada para os desafios e oportunidades que estão por vir.
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