Alerta: IA pode criar falsas memórias em testemunhas de crimes
Ferramentas de inteligência artificial induzem três vezes mais memórias falsas do que métodos tradicionais
Um estudo recente mostrou que ferramentas de inteligência artificial, que conversam com usuários e geram respostas, podem fazer com que pessoas criem memórias falsas de eventos que presenciaram.
No experimento, 200 participantes assistiram a um vídeo de um assalto e, em seguida, foram divididos em quatro grupos: um grupo de controle, um grupo que respondeu a uma pesquisa com perguntas enganosas, um grupo que conversou com um programa de computador com respostas pré-definidas e outro que interagiu com uma IA que cria respostas automaticamente.
Os resultados foram alarmantes. As pessoas que interagiram com a IA geradora de respostas tiveram quase três vezes mais memórias falsas do que o grupo de controle e 1,7 vezes mais do que aqueles que responderam à pesquisa. Mesmo uma semana após a interação, 36,8% das pessoas ainda acreditavam nas memórias erradas criadas pela IA.
O estudo também descobriu que pessoas menos familiarizadas com essa tecnologia, mas que tinham algum conhecimento sobre o uso de IA, estavam mais propensas a criar essas memórias falsas. Aqueles que tinham interesse em investigações criminais também eram mais vulneráveis.
Essas descobertas levantam preocupações importantes sobre o uso dessa tecnologia em áreas onde a precisão das memórias é crucial, como em processos judiciais. Os pesquisadores alertam para a necessidade de criar regras e diretrizes para o uso dessas ferramentas, a fim de proteger as pessoas de possíveis danos.
À medida que a IA se torna mais presente no nosso dia a dia, é fundamental garantir que sua influência na nossa memória seja bem controlada.
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