“O que acontece quando uma sociedade decide que a vida é descartável?”
Matt Walsh denuncia o impacto das leis de suicídio assistido, explorando como elas alteram o valor da vida no Ocidente.
Matt Walsh, analista político e crítico social americano, publicou nesta terça, 3, artigo intitulado “The Dark Truth About Assisted Suicide Laws” no site The Daily Wire. Walsh argumenta que a legalização de práticas como o suicídio assistido reflete uma desvalorização crescente da vida humana no Ocidente, alimentada por ideologias que rejeitam valores tradicionais.
Ele começa destacando a citação de um romance de Hemingway: “Como tudo desmoronou? Aos poucos, e então de repente.” Essa analogia, segundo Walsh, ilustra o declínio da espiritualidade e valores fundamentais nas sociedades ocidentais, culminando em mudanças abruptas e radicais, como as leis de assistência médica para morte (MAID). “O que começou como exceções restritas se expandiu rapidamente em algo descontrolado.”
Walsh aponta o caso do Canadá, onde o suicídio assistido, legalizado em 2016, se tornou a quinta principal causa de morte. Entre 2016 e 2023, os casos aumentaram treze vezes. Segundo ele, “se esses números fossem sobre uma nova doença, a mídia chamaria de emergência de saúde pública.” Ele critica o sistema de saúde canadense, que estaria promovendo o MAID para economizar recursos ao eliminar pacientes caros.
Sobre a recente aprovação de uma lei no Reino Unido para legalizar o suicídio assistido em certos casos, Walsh observa que as “restrições” apresentadas são superficiais. “Você pode se tornar ‘terminalmente doente’ ao recusar tratamento necessário, como insulina.” Ele argumenta que, assim como no Canadá, as restrições iniciais acabarão desaparecendo.
Em seu texto, Walsh relata histórias preocupantes do Canadá, como a de uma paciente com câncer que foi repetidamente oferecida a opção de MAID durante o tratamento. “Essas ofertas fizeram que ela se sentisse um peso para os médicos e que seria melhor que estivesse morta.”
O comentarista afirma que agora há esforços para expandir o acesso ao MAID para pessoas com doenças mentais e até menores de idade, o que ele considera uma contradição moral: “Enquanto proíbem menores de comprar álcool, permitem que se suicidem.”
Walsh critica o argumento de que essas leis são “humanitárias” citando o ex-primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que justificou a legislação como uma forma de prevenir sofrimento. Para Walsh, essa lógica pode ser usada para justificar qualquer assassinato, uma vez que o foco está em evitar a dor, não em preservar a vida.
Ele encerra apontando que essas práticas são uma consequência de uma visão de mundo que rejeita a santidade da vida. “A ideia de que o sofrimento deve ser eliminado a qualquer custo resulta na desumanização e na aceitação de horrores distópicos.” Segundo Walsh, o Reino Unido está prestes a aprender essa lição da pior forma possível.
A discussão sobre suicídio assistido ganhou repercussão com o uso da cápsula “Sarco” na Suíça, projetada para permitir que uma pessoa tire a própria vida. O caso levou à prisão de várias pessoas acusadas de instigar suicídios. A morte recente do poeta brasileiro Antonio Cicero, que optou pela eutanásia após diagnóstico de Alzheimer, ilustra como o debate se estende a questões éticas e culturais.
Quem é Matt Walsh
Matt Walsh é um escritor, palestrante e comentarista político americano associado ao conservadorismo. Autor de livros como What Is a Woman?, ele é conhecido por abordar questões culturais e sociais sob uma ótica tradicionalista. Seu trabalho frequentemente aparece no The Daily Wire.
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