Em 2024, os Estados Unidos atingiram um recorde histórico: mais de 4,1 milhões de americanos completarão 65 anos, de acordo com uma análise do Instituto de Renda de Aposentadoria. Este número marca um aumento significativo em relação à média diária da última década.

Os americanos que atingem 65 anos hoje são, em média, mais ricos e mais saudáveis do que as gerações anteriores. O patrimônio líquido mediano daqueles entre 65 e 74 anos era de US$ 410 mil em 2022, um aumento de 45% em relação a 2010, segundo a Pesquisa de Finanças do Consumidor do Federal Reserve, o Banco Central americano. “Esta é uma das histórias de sucesso não contadas da economia moderna”, comenta Ben Harris, diretor do Projeto de Segurança de Aposentadoria da Brookings Institution.

Trabalhando mais e vivendo melhor

Quase 20% dos americanos com 65 anos ou mais estavam empregados em 2023, quase o dobro do percentual de 35 anos atrás, de acordo com o Pew Research Center. Muitos continuam trabalhando não só por necessidade financeira, mas também pelo prazer e pelo desejo de manter conexões sociais e oportunidades de aprendizado contínuo.

Divórcio e novos começos

O divórcio entre pessoas com 65 anos ou mais triplicou desde 1990, segundo a socióloga Susan Brown. A longevidade maior e as novas perspectivas sobre a vida após a aposentadoria são fatores que contribuem para essa tendência. “Aos 65 anos, muitos estão reavaliando suas vidas e buscando novos começos”, diz Brown.

A revolução da longevidade

O médico Peter Attia, em seu best-seller “Outlive”, destaca a importância de uma abordagem proativa e personalizada para a saúde. Attia promove a “Medicina 3.0”, que se diferencia das abordagens tradicionais ao focar na prevenção de doenças antes que elas se manifestem.

Attia identifica quatro principais causas de morte relacionadas ao envelhecimento: doenças cardíacas, câncer, doenças neurodegenerativas e diabetes tipo 2. Ele oferece estratégias para preveni-las, enfatizando a importância de um estilo de vida saudável e intervenções precoces.

Attia enfatiza o exercício como fundamental para a longevidade, recomendando um regime que inclui resistência aeróbica, força e estabilidade. Ele também sugere uma abordagem personalizada para a dieta, focando na bioquímica nutricional individual e no consumo adequado de proteínas e nutrientes essenciais.

A nova geração de americanos que chega aos 65 anos está redefinindo este marco. Com mais riqueza, melhor saúde e um desejo crescente de continuar ativos e engajados, eles estão desafiando as noções tradicionais de aposentadoria. Ao adotar práticas de saúde proativas e mantendo-se ativos na força de trabalho, esses indivíduos estão pavimentando o caminho para uma vida mais longa e gratificante.