De jogador medíocre a rei do tráfico, a história de Sebastián Marset
Como o jogador de futebol tornou-se um dos maiores narcotraficantes da América do Sul
Sebastián Marset, 33, conhecido por seu estilo extravagante e carreira meteórica no futebol, é apontado como um dos principais narcotraficantes da América do Sul, segundo matéria do The Washington Post, publicada nesta quinta, 18.
Nascido em Piedras Blancas, Montevidéu, Marset teve uma infância marcada pelo desejo de se tornar jogador de futebol. Embora tenha jogado em várias equipes profissionais, incluindo o Deportivo Capiatá no Paraguai, suas habilidades limitadas no campo logo revelaram que seu verdadeiro talento estava no submundo do crime.
Após sua prisão aos 22 anos por tráfico de drogas, Marset passou a expandir sua rede de contatos dentro da prisão de Libertad, no Uruguai. Ao ser libertado em 2018, já operava com uma rede sofisticada de tráfico de cocaína que se estendia do Uruguai à Europa.
Marset usou times de futebol para lavar milhões de dólares provenientes do tráfico. Ele patrocinou equipes em toda a América Latina e até na Europa, comprando uma posição nos elencos e usando sua influência para manter suas operações criminosas longe dos olhos da lei.
O apogeu de sua carreira criminosa coincidiu com um aumento no tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa. Utilizando portos uruguaios, Marset despachava toneladas de drogas para Bélgica, Holanda e Alemanha. Ele criou alianças com cartéis de drogas ao redor do mundo, consolidando seu poder e ampliando sua fortuna.
Seu estilo de vida extravagante e a compra de um lugar no time do Deportivo Capiatá levantaram suspeitas. Investigadores descobriram que Marset usava a infraestrutura dos times de futebol para facilitar suas operações de tráfico. Mesmo com uma recompensa por sua captura, ele conseguiu evitar a prisão várias vezes, mudando de identidade e continuando a jogar futebol em novas equipes.
Em novembro de 2023, Marset surpreendeu ao conceder uma entrevista à emissora uruguaia Canal 4, gravada em um local secreto, onde negou seu envolvimento em diversos crimes, incluindo o assassinato do procurador paraguaio Marcelo Pecci.
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