O que estão dizendo sobre fraude nos EUA

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O que estão dizendo sobre fraude nos EUA

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 12.11.2020 15:29 comentários
por Felipe Moura Brasil

O que estão dizendo sobre fraude nos EUA

A agência internacional de notícias Reuters publicou no Twitter: “Como o presidente Donald Trump procura desacreditar a eleição de 2020 com alegações infundadas de fraude eleitoral, sua equipe bombardeou seus apoiadores com pedidos de dinheiro para ajudar a pagar por contestações legais...

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O que estão dizendo sobre fraude nos EUA
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A agência internacional de notícias Reuters publicou no Twitter:

“Como o presidente Donald Trump procura desacreditar a eleição de 2020 com alegações infundadas de fraude eleitoral, sua equipe bombardeou seus apoiadores com pedidos de dinheiro para ajudar a pagar por contestações legais dos resultados.”

Anne Applebaum, jornalista americana, vencedora do prêmio Pulitzer com o livro “Gulag: uma história dos campos de prisioneiros soviéticos” e autora do recente “Crepúsculo da democracia”, comentou:

“Parece que o dinheiro doado a Trump para seus inúteis ‘desafios legais’ vai realmente acabar em seu bolso. Um último golpe antes de sair de D.C.”

No Wall Street Journal, o estrategista republicano Karl Rove, que foi assessor de George W. Bush na presidência e é colaborador da Fox News desde 2008, publicou um artigo com o seguinte título: “Este resultado eleitoral não será anulado.” Subtítulo: “As recontagens ocasionalmente mudam as margens na casa das centenas, nunca em dezenas de milhares.”

Trecho: “O Sr. Biden manobrou com sucesso para fazer da eleição um referendo sobre a personalidade do presidente e como ele lidou com a Covid-19. Por meses, o Sr. Trump se contentou em lutar naquele terreno, tentando apenas de forma intermitente contrastar sua agenda com a de seu adversário.”

Outro trecho: “Existem apenas três disputas estaduais na última metade do século em que as recontagens mudaram o resultado: a corrida para o Senado de New Hampshire em 1974, a disputa para governador de Washington em 2004 e a eleição para o Senado em Minnesota em 2008. Os candidatos nessas disputas foram separados, respectivamente, por 355, 261 e 215 votos após o dia da eleição.

Essas margens não são muito parecidas com as de hoje. Biden liderou em Wisconsin por 20.540 votos, Pensilvânia por 49.064, Michigan por 146.123, Arizona por 12.614, Nevada por 36.870 e Geórgia por 14.108.

Para vencer, Trump deve provar a fraude sistêmica, com votos ilegais na casa das dezenas de milhares. Não há evidências disso até agora. A menos que algumas apareçam rapidamente, as chances do presidente no tribunal diminuirão vertiginosamente quando os estados começarem a certificar os resultados, como a Geórgia fará em 20 de novembro, seguida pela Pensilvânia e por Michigan em 23 de novembro, Arizona em 30 de novembro e Wisconsin e Nevada em 1 de dezembro. Ao assentar os eleitores de um candidato, essas certificações irão aumentar a barreira legal para derrubar os resultados estaduais e tornar ainda mais difícil para o Sr. Trump prevalecer antes da reunião do Colégio Eleitoral em 14 de dezembro.”

Karl Rove conclui que “encerrar esta eleição será um passo difícil, mas necessário, para restaurar alguma unidade e equilíbrio político. Quando seus dias de tribunal terminarem, o presidente deve fazer sua parte para unir o país, liderando uma transição pacífica e deixando as queixas para trás”.

No momento, porém, Trump segue acusando fraudes. O alvo da vez é a “Dominion Voting Systems” (Sistema de Votos Dominion), que fabrica softwares usados por governos locais para ajudar a organizar suas eleições. O presidente americano turbinou no Twitter as alegações de que “falhas de software” levaram a erros na apuração. Em maiúsculas, Trump citou relatos do canal trumpista “One America News” de que a Dominion excluiu 2,7 milhões de votos em Trump em todo o território nacional e de que os estados que usam o sistema direcionaram 435 mil votos em Trump para Biden, sendo 221 mil na Pensilvânia.

Scott Adams, o autor das tirinhas Dilbert que previu a vitória de Trump em 2016 e escreveu o livro “Ganhar de lavada: Persuasão em um mundo onde os fatos não importam”, comentou que “pelo menos esta alegação (se verdadeira) encerra a conversa sobre a alegada fraude não ser grande o suficiente para mudar o resultado“.

A expressão “se verdadeira” ilustra o atual grau de confiança dos que cogitam uma virada judicial de Trump.

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