Sem dividendos? Brasileiro usou até FGTS para ajudar a Petrobras
Tenta-se de toda maneira construir-se uma narrativa contra lucros e dividendos "astronômicos" da Petrobras nos últimos meses. A acusação é de que o recurso serviria a manobras governamentais e interesses de acionistas estrangeiros...
Tenta-se de toda maneira construir-se uma narrativa contra lucros e dividendos “astronômicos” da Petrobras nos últimos meses. A acusação é de que o recurso serviria a manobras governamentais e interesses de acionistas estrangeiros.
Não esqueçamos, porém, que, muitas vezes na história da estatal, foi o trabalhador brasileiro que bancou o crescimento da empresa e, pelo menos, 724 mil deles ainda são sócios da petroleira.
Estavam lá no início deste século, cedendo parte do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), quando a empresa iniciava os estudos que iriam levar ao descobrimento do pré-sal. Voltaram em 2010, quando a petroleira precisava de dinheiro para bancar a exploração dos novos poços em águas ultraprofundas.
Desde a fundação, foi o dinheiro do contribuinte que deu espaço para o crescimento da empresa. De lá pra cá, em empreitadas notavelmente arriscadas, sem garantias de sucesso, o brasileiro estava lá.
Se um partido qualquer ou governo de plantão decide não remunerar os investidores, porque os buscou na bolsa de valores? Atualmente, 64% do capital da petroleira é de outros (que não o governo) que apostaram no desenvolvimento da empresa, sempre assumindo o risco de perder o investimento das mais diversas formas.
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