Por que as Big Techs estão demitindo em massa?
Recentemente vistas como símbolo de resiliência em tempos difíceis, as gigantes da tecnologia norte-americanas enfrentam um cenário desafiador e começam a fazer ajustes para manter as contas em dia...
Recentemente vistas como símbolo de resiliência em tempos difíceis, as gigantes da tecnologia norte-americanas enfrentam um cenário desafiador e começam a fazer ajustes para manter as contas em dia.
Com inflação em alta, as despesas estão pressionando as margens operacionais, isto é, custos com energia e pessoal em alta e dificuldades para repassar a diferença para os preços dos serviços e produtos. Além disso, juros mais altos também tem prejudicado os resultados, com as dívidas exigindo desembolsos maiores em empresas notadamente intensivas em capital (que precisam de grandes quantias em investimentos para manter o crescimento).
No lado da receita, Mark Zuckerberg (Meta) e Elon Musk (Twitter) enfrentam anunciantes relutantes em investir dinheiro em propaganda, principal fonte de arrecadação de recursos, com cenário econômico pouco inspirador. Andy Jassy (Amazon) tenta frear a queda na demanda por serviços de armazenamento em nuvem com crise no mundo cripto e e de serviços financeiros.
Nesse cenário, era de se esperar algum ajuste para controlar os altos salários herdados de um mundo de juros baixos e com dinheiro a vontade, além do grande fluxo de contratações dos últimos anos. O ajuste mais rápido é o corte nos empregos. Somente essas três empresas devem (caso as notícias sobre a Amazon se confirmem) demitir 25 mil funcionários em um movimento que parece ser o começo de uma grande reorganização.
Com expectativas apontando para uma recessão econômica global, as big techs norte-americanas estão tendo de se adaptar aos novos tempos, cortar excessos e rever planos de expansão. E, dado o andar da carruagem, não serão só elas a olharem com mais cuidado para as contas.
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