Não adianta xingar jornalista de cretino, Lula
Parte da imprensa, historicamente atacada pelo PT, agora parece agir como assessoria de imprensa do presidente
Lula chamou de cretinos os que noticiaram como a fala dele impacta o dólar. Desde o primeiro mandato de Lula, em 2003, a relação dele com a imprensa tem sido marcada por tensões e avanços que agora apresentam uma configuração especialmente perigosa. Em seu primeiro mandato houve uma mudança clara: Lula parou de dar entrevistas, preferindo discursos. A hostilidade entre o PT e a imprensa, especialmente a Globo, sempre foi evidente, com slogans como “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” e, mais recentemente, “Globo lixo”, bordão adotado também por outro time político.
Hoje, a situação é diferente. Parte da imprensa, historicamente atacada pelo PT, agora parece agir como assessoria de imprensa do presidente, passando pano para suas declarações e ações. Esse cenário é favorável a Lula, que encontra menos resistência crítica na mídia. Ao mesmo tempo, uma parcela significativa da população não se sente representada por uma imprensa majoritariamente progressista e esquerdista, enquanto a maioria do eleitorado brasileiro tem tendências conservadoras.
Essa desconexão entre a imprensa e o público é perigosa. As pessoas, já desiludidas com a mídia, deixam de procurar a verdade e passam a julgar sem ouvir. Muitas vezes, jornalistas são rotulados de lulistas ou bolsonaristas, dependendo da perspectiva do leitor, que baseia seu julgamento na própria imaginação e na defesa de seu político de estimação. Isso cria um ambiente onde a crítica independente é mal recebida por todos os lados.
O resultado é um terreno fértil para o avanço de políticos populistas. Eles encontram um público disposto a aceitar suas narrativas sem questionar, um público que se satisfaz em ver a imprensa criticada ou silenciada. A perseguição pessoal a jornalistas críticos aumenta, enquanto muitos repórteres aprendem a se autocensurar para evitar ataques. Esse clima de intimidação faz com que menos jornalistas estejam dispostos a enfrentar os riscos de criticar o governo ou os políticos em geral.
Muitos cidadãos, desiludidos com a política e as notícias, simplesmente se desligam. Conhecemos pessoas que dizem não querer mais saber de política, cansadas das frustrações e das revogações de condenações por corrupção. Esse desinteresse público contribui para o avanço de Lula sobre a imprensa. Ele xingou a imprensa não por descontrole, mas porque sabe que pode, e que tem espaço para avançar.
Não adianta xingar jornalista de cretino, Lula
Parte da imprensa, historicamente atacada pelo PT, agora parece agir como assessoria de imprensa do presidente
Lula chamou de cretinos os que noticiaram como a fala dele impacta o dólar. Desde o primeiro mandato de Lula, em 2003, a relação dele com a imprensa tem sido marcada por tensões e avanços que agora apresentam uma configuração especialmente perigosa. Em seu primeiro mandato houve uma mudança clara: Lula parou de dar entrevistas, preferindo discursos. A hostilidade entre o PT e a imprensa, especialmente a Globo, sempre foi evidente, com slogans como “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” e, mais recentemente, “Globo lixo”, bordão adotado também por outro time político.
Hoje, a situação é diferente. Parte da imprensa, historicamente atacada pelo PT, agora parece agir como assessoria de imprensa do presidente, passando pano para suas declarações e ações. Esse cenário é favorável a Lula, que encontra menos resistência crítica na mídia. Ao mesmo tempo, uma parcela significativa da população não se sente representada por uma imprensa majoritariamente progressista e esquerdista, enquanto a maioria do eleitorado brasileiro tem tendências conservadoras.
Essa desconexão entre a imprensa e o público é perigosa. As pessoas, já desiludidas com a mídia, deixam de procurar a verdade e passam a julgar sem ouvir. Muitas vezes, jornalistas são rotulados de lulistas ou bolsonaristas, dependendo da perspectiva do leitor, que baseia seu julgamento na própria imaginação e na defesa de seu político de estimação. Isso cria um ambiente onde a crítica independente é mal recebida por todos os lados.
O resultado é um terreno fértil para o avanço de políticos populistas. Eles encontram um público disposto a aceitar suas narrativas sem questionar, um público que se satisfaz em ver a imprensa criticada ou silenciada. A perseguição pessoal a jornalistas críticos aumenta, enquanto muitos repórteres aprendem a se autocensurar para evitar ataques. Esse clima de intimidação faz com que menos jornalistas estejam dispostos a enfrentar os riscos de criticar o governo ou os políticos em geral.
Muitos cidadãos, desiludidos com a política e as notícias, simplesmente se desligam. Conhecemos pessoas que dizem não querer mais saber de política, cansadas das frustrações e das revogações de condenações por corrupção. Esse desinteresse público contribui para o avanço de Lula sobre a imprensa. Ele xingou a imprensa não por descontrole, mas porque sabe que pode, e que tem espaço para avançar.