Lira terá de escolher entre auxílio para os pobres e dinheiro para emendas
A PEC dos Precatórios sairá melhor do Senado do que quando entrou. Mas é difícil que seja aprovada desse jeito pela Câmara, para onde terá de voltar...
A PEC dos Precatórios sairá melhor do Senado do que quando entrou. Mas é difícil que seja aprovada desse jeito pela Câmara, para onde terá de voltar.
Uma das mudanças mais significativas foi a vinculação dos recursos liberados pela emenda aos gastos sociais, em particular o Auxílio Brasil. Paulo Guedes não gostou, como mostrou O Antagonista. Preferia que houvesse mais flexibilidade na utilização do dinheiro.
Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, também será contrariado. Pois não sobrou nenhum centavo daqueles recursos para as emendas do relator, origem da enorme influência que Lira assumiu em Brasília.
Os defensores das emendas – que em 2022 já não poderão ser secretas – tentarão dizer que elas beneficiam municípios de todo o Brasil, permitindo que realizem obras de impacto local.
Mas será difícil convencer que essa destinação é mais importante do que atender a pessoas que hoje passam fome, e continuarão em situação de penúria no ano que vem, para o qual as perspectivas de crescimento não são das mais animadoras.
Lira já tratorou muita coisa na Câmara. Veremos se terá coragem de tratorar os beneficiários desse novo auxílio emergencial.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)