Jornais e emissoras se comportam de modo vergonhoso com um colega de profissão
Jornais e emissoras continuam tentando roubar um furo de reportagem do repórter Diego Amorim, de O Antagonista. Ele foi o primeiro a publicar, na quarta-feira, que o deputado Luis Miranda e o irmão, Luis Ricardo, funcionário do Ministério da Saúde, haviam alertado Jair Bolsonaro, em encontro pessoal, sobre as irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Com exceções, ignoraram o trabalho de Diego Amorim, em matérias calculadas para não dar o crédito...
Jornais e emissoras continuam tentando roubar um furo do repórter Diego Amorim, de O Antagonista. Ele foi o primeiro a publicar, na quarta-feira, que o deputado Luis Miranda e o irmão, Luis Ricardo, funcionário do Ministério da Saúde, haviam alertado Jair Bolsonaro, em encontro pessoal, sobre as irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Com exceções, ignoraram o trabalho de Diego Amorim, em matérias calculadas para não dar o crédito (não sou besta, foquinhas).
Agora, os mesmos jornais e emissoras se apropriam indebitamente do segundo furo de Diego Amorim. Em entrevista ao vivo, transmitida no sábado a partir do meio-dia, Luis Miranda, acompanhado de Luis Ricardo, sugeriu a Diego Amorim, depois de ser perguntado especificamente sobre o assunto, que gravou a conversa que ele e o irmão mantiveram com Jair Bolsonaro, na qual o presidente da República, segundo o deputado, citou Ricardo Barros.
O furo foi registrado da seguinte forma por este site:
“O deputado federal Luis Miranda foi questionado por Diego Amorim, no Papo Antagonista, se ele não teme ser confrontado com a palavra do presidente Jair Bolsonaro sobre os indícios de irregularidades no contrato para compra da Covaxin. Eis a resposta:
“Aí ele [Bolsonaro] vai ter a surpresa mágica. Se ele fizer isso, terei que fazer algo que um parlamentar nunca deveria fazer com um presidente. Ele ficará muito constrangido, muito. Eu tenho como comprovar, mas na hora certa.”
E completou:
“Tenho como comprovar que ele escutou tudo o que eu falei para ele [na reunião do dia 20 de março]. É melhor eu não fazer. Seria uma loucura fazer antes de 2022 porque o Brasil inteiro descobriria que ele mentiu. Ele não mentiu ainda. Tentou corrigir e admitiu que se reuniu com a gente, que ele mandou corrigir.”
Perguntado se ele havia gravado a conversa com o presidente, Luis Miranda respondeu que havia três pessoas na sala (o irmão Luis Ricardo estava junto) e que era melhor mudar de assunto.”
É vergonhoso o que os editores e repórteres desses jornais e emissoras estão fazendo com um colega de profissão, ao não reconhecer que foi ele o primeiro a publicar ambas as notícias. É uma tremenda falta de ética.
Em 37 anos de profissão, nunca vi coisa igual na imprensa brasileira.
Assista ao trecho da entrevista em que Diego Amorim extrai a informação exclusiva de Luis Miranda:
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