Jerônimo Teixeira: A melancolia dos petroleiros contra a indignação dos tuiteiros
Perdidas no meio do mar e do X, as plataformas de petróleo oferecem sua estranha beleza para quem cansou do ruído político nas redes sociais
Plataformas de petróleo. Não sei como funcionam, como são construídas, como se trabalha dentro delas. Nunca tive o menor interesse por plataformas de petróleo, até que, uma semana atrás, topei com treze imagens dessas estruturas de aço e concreto.
Na aparência, são emaranhados de andaimes e tubos, sobre os quais há torres e um ou dois guindastes. Tudo muito funcional, sem arabescos ou adornos. Em um subúrbio industrial, essas estruturas se perderiam em meio a outras instalações brutas. No meio do Mar do Norte, porém, são ilhas mecânicas que desafiam as ondas, a corrosão salina, o gelo.
Plataformas de petróleo: nunca antes havia notado como elas são belas.
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O X voltou, voltei ao X.
Para celebrar o fim da suspensão da rede no Brasil, resolvi assumir minha identidade. Descartei o pseudônimo exótico que usava desde 2010, quando a rede ainda se chamava Twitter, e assinei meu perfil com o nome próprio.
Passei então a divulgar alguns textos meus, começando por aquele em que lamentei o fechamento da rede (“O X não tem a cara de Elon Musk“). Para jornalistas e outros profissionais da escrita, as redes sociais oferecem o estimulante rápido das curtidas e da conversa com leitores. Fiquei feliz porque um novo seguidor de meu perfil lembrava do Clube do Livro, programa sobre literatura que Carlos Graieb e eu mantivemos no site de Veja, anos atrás.
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