Jair Maria Antonieta Bolsonaro contra os paulistas
Nós, paulistas, ficamos muito felizes ao saber que nosso filhos adolescentes serão vacinados contra a Covid a partir de 18 de agosto. E, não sejamos hipócritas, mais ainda porque o imunizante será o da Pfizer, o único até agora aprovado para quem tem menos de 18 anos. Estou longe de ser "sommelier de vacina", qualquer uma das disponíveis é bem-vinda (recebi duas doses do imunizante da AstraZeneca), mas a vacina do laboratório americano tem mostrado ser a mais eficaz, como noticia constantemente a mesma imprensa que recrimina quem manifesta preferência pelo imunizante da Pfizer...
Nós, paulistas, ficamos muito felizes ao saber que nosso filhos adolescentes serão vacinados contra a Covid a partir de 18 de agosto. E, não sejamos hipócritas, mais ainda porque o imunizante será o da Pfizer, o único até agora aprovado para quem tem menos de 18 anos. Estou longe de ser “sommelier de vacina”, qualquer uma das disponíveis é bem-vinda (recebi duas doses do imunizante da AstraZeneca), mas a vacina do laboratório americano tem mostrado ser a mais eficaz, como noticia constantemente a mesma imprensa que recrimina quem manifesta preferência pelo imunizante da Pfizer.
Estávamos contentes, ia dizendo, até que Jair Bolsonaro resolveu amargar o nosso dia. O governador João Doria disse hoje que notificou o Ministério da Saúde porque o estado de São Paulo não recebeu ontem metade das doses previstas da vacina da Pfizer. João Doria afirmou que deixaram de ser enviados 228.150 imunizantes, sem que houvesse “nenhuma justificativa” do governo federal.
O governador de São Paulo disse que se tratava de uma “decisão arbitrária” e de uma “quebra do pacto federativo”. Cobrou ainda que as vacinas sejam remetidas “imediatamente”. “Com menos vacinas do que o prometido, o Ministério da Saúde compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes no estado de São Paulo“, afirmou João Doria.
É estarrecedor que o Ministério da Saúde de Jair Bolsonaro ouse privar os paulistas de metade das vacinas prometidas para ontem. Um só dia de atraso significa contratar centenas de casos da doença mais adiante e também de mortes. A desculpa esfarrapada é que agora as vacinas são distribuídas de forma proporcional ao avanço do Programa Nacional de Imunizações, e não pela população de cada estado, o que é uma enormidade, visto que pune quem consegue vacinar mais rapidamente. Provavelmente, os imunizantes acabarão chegando, mas é evidente a falta de apreço pela vida da parte do inquilino inadimplente do Planalto e dos seus comparsas. Por picuinha política com João Doria, o governo federal comete mais um ato contra cidadãos brasileiros.
Picuinha e sadismo. No mesmo dia em que fomos informdos sobre a não entrega dos imunizantes da Pfizer aos paulistas, Jair Bolsonaro disse o seguinte a uma rádio de Natal, no Rio Grande do Norte: “Vou tomar a vacina que possa entrar no mundo todo. Não posso tomar essa vacina… Lá de São Paulo, que não está aceita na Europa nem nos Estados Unidos. Eu viajo o mundo todo, tenho de tomar a específica aceita no mundo todo”. Jair Bolsonaro é a Maria Antonieta da caricatura histórica.
É inadmissível continuar com um sujeito desses comandando o país.
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