É simples assim: um manda e o outro obedece
O ambiente político para a anulação da prisão de Daniel Silveira mudou na Câmara, de ontem para hoje, especialmente depois da votação unânime dos ministros do Supremo para manter o deputado atrás das grades...
O ambiente político para a anulação da prisão de Daniel Silveira mudou na Câmara, de ontem para hoje, especialmente depois da votação unânime dos ministros do Supremo para manter o deputado atrás das grades.
O placar foi compreendido por integrantes da Mesa Diretora como um recado ao Legislativo de que ‘imunidade parlamentar não pode ser encarada como impunidade’ e que a punição ao deputado bolsonarista deve servir de exemplo aos demais.
Libertar Daniel Silveira soaria como afronta aos ministros, como registrou Crusoé.
Ontem à noite, a cúpula da Câmara reabriu o Conselho de Ética e protocolou representação para cassar o mandato de Silveira, mas isso não basta para satisfazer o STF.
O vice-PGR, Humberto Jacques, ao denunciar Silveira, não falou em prisão e sugeriu apenas tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar — com autorização para frequentar ao Congresso. Mas ministros do Supremo entendem que o deputado voltará a usar sua prerrogativa parlamentar para atacar.
No plenário, a votação para chancelar ou não a decisão do STF acontecerá só depois da audiência de custódia e já há quem defenda seu adiamento para depois do fim de semana, como forma de esfriar o debate.
O Supremo, porém, quer seu troféu e tudo indica que Bolsonaro já entregou o aliado para sacrifício. Há pouco, depois de se reunir com Arthur Lira, o presidente disse a apoiadores que está “tudo em paz, pessoal. Pedir a Deus que continue, tá?”.
No caso, aos deuses de toga.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)