A ordem unida de Lula contra a imprensa
Jair Bolsonaro e Lula são almas siamesas. O primeiro só existe por causa do segundo; o segundo só ressurgiu por causa do primeiro. Não fossem os roubos gigantescos perpetrados pelo PT, sob a batuta do chefão, e a pantagruélica fraude fiscal executada por Dilma Roussef, que jogou o país em profunda recessão, tudo em nome de um projeto de poder autoritário, nenhum caminho teria sido aberto para que Jair Bolsonaro, deputado do baixíssimo clero, chegasse ao poder...
Jair Bolsonaro e Lula são almas siamesas. O primeiro só existe por causa do segundo; o segundo só ressurgiu por causa do primeiro. Não fossem os roubos gigantescos perpetrados pelo PT, sob a batuta do chefão, e a pantagruélica fraude fiscal executada por Dilma Roussef, que jogou o país em profunda recessão, tudo em nome de um projeto de poder autoritário, nenhum caminho teria sido aberto para que Jair Bolsonaro, deputado do baixíssimo clero, chegasse ao poder. Não fossem os desastres administrativos e econômicos do atual presidente da República, emoldurados por um discurso de ódio anacrônico e atentatório à democracia, tudo somado ao comportamento abjeto em relação à pandemia, Lula não teria sido reabilitado e talvez ainda estivesse devidamente preso. Seja com um, seja com outro, a malandragem diverte-se, fazendo bons negócios somente para eles próprios.
A agonia da democracia brasileira continuará com a eventual ascensão de Lula ao Palácio do Planalto. Sentindo-se cada vez mais forte a cada pesquisa que é divulgada, o chefão petista já não esconde que promoverá uma vendetta contra a imprensa que o desmascarou. Como sempre foi sua intenção, bem como da companheirada, trata-se de controlar a liberdade de expressão. A única imprensa que interessa a Lula é a do armazém de secos e molhados — e, entre os molhados, aquela enxaguada diretamente com dinheiro público. A única liberdade permitida será a bajulatória, como a praticada pelos blogs sujos petistas.
A estratégia está orquestrada de alto a baixo. Não haverá mea culpa nenhum. O que haverá é a culpabilização da imprensa, por meio da reescritura da história. E não bastará reescrevê-la a partir do petrolão. Terá de ser a partir do mensalão, revelado em 2005, passando pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Tudo foi golpe, nenhuma roubalheira ou fraude existiram. Golpe perpetrado pelas elites (aquela mesma beneficiada por Lula, mas o fato é de somenos), com a participação inestimável da imprensa. Por isso, é preciso controlá-la “socialmente”.
Os petistas todos já marcham nesta direção: o bolsonarismo é culpa de quem vem denunciando o PT há uma década e meia, movido por más intenções golpistas. O comando de ordem unida foi dado pela cúpula da organização — as inventivas públicas de Lula e acólitos contra a imprensa têm essa função –, e a cantilena ganha corpo entre os militantes virtuais petistas, que voltaram a emporcalhar as áreas de comentários dos sites noticiosos e as redes sociais, em competição ferrenha com as milícias digitais bolsonaristas. Por sua vez, os blogueiros sujos nascidos sob os auspícios do comissário Franklin Martins, para tentar minar a credibilidade de jornalistas independentes (como este aqui), incumbem-se da tarefa de conferir pretensa aura de seriedade histórica à balela de que não existiu mensalão, pedalada fiscal e petrolão. Quanto aos petistas abrigados nas redações dos grandes jornais, caberá a eles amplificar, sob a aparência de notícia imparcial, aquilo que parecer desabonador aos colegas que não militam ao seu lado. Uma das especialidades dessa gente é contar mentiras utilizando-se de verdades.
Prepara-se, assim, no caso de Lula ser eleito, o terreno para criar o tal Conselho Federal de Jornalismo — objetivo do PT desde 2004. Ele nada mais é do que um soviete tropicalizado destinado a amordaçar a imprensa. Além disso, pretende-se controlar as redes sociais com mão de ferro, e as ações censórias executadas pelo STF são um bom prenúncio do que poderá ocorrer. A pretexto de combater facínoras, levarão de roldão quem apenas ousa criticar para além do que será permitido. Teremos, na prática, um “Ministério da Verdade” difuso pelas diferentes camadas governamentais.
Sob Lula, ninguém sentirá saudade de Jair Bolsonaro. Mas milhões de eleitores sentirão arrependimento de ter votado num ex-condenado liberticida por conveniência.
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