Zimbábue vai abater elefantes para conter crise alimentar Zimbábue vai abater elefantes para conter crise alimentar
O Antagonista

Zimbábue vai abater elefantes para conter crise alimentar

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 13.09.2024 19:51 comentários
Mundo

Zimbábue vai abater elefantes para conter crise alimentar

A polémica decisão do Zimbábue de abater elefantes seletivamente visa aliviar a crise alimentar e de recursos naturais. Uma solução de duplo sentido que gera debates éticos e ambientais.

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 13.09.2024 19:51 comentários 0
Zimbábue vai abater elefantes para conter crise alimentar
Créditos: depositphotos.com / kamchatka

Em um anúncio surpreendente, o ministro do Meio Ambiente do Zimbábue afirmou que o país possui “mais elefantes do que precisa”. A decisão de proceder com a matança seletiva foi tomada para lidar com a superpopulação desses mamíferos na reserva natural de Hwange, a maior do país.

A medida foi confirmada pelo diretor-geral da ZimParks, Fulton Mangwanya, à Agência France-Presse (AFP). Segundo informações, aproximadamente 200 elefantes serão caçados na reserva. Mas, por que isso é necessário?

Matança Seletiva de Elefantes em Hwange

O Zimbábue abriga cerca de 100 mil elefantes, sendo a segunda maior população do mundo, atrás apenas de Botsuana. Dessas, 65 mil estão concentrados em Hwange, um número quatro vezes maior do que a capacidade da reserva pode suportar. O governo argumenta que a matança seletiva é essencial para equilibrar a quantidade de elefantes na área, aliviando a pressão sobre os recursos naturais limitados da região.

Além disso, a carne dos elefantes abatidos será distribuída para pessoas que estão enfrentando a fome devido à seca extrema no país. Mais do que aliviar a escassez de alimentos, a medida visa também preservar os recursos hídricos.

Quais são as Implicações da Matança Seletiva de Elefantes?

Para muitos, o abate de elefantes levanta questões éticas e ambientais. Essas preocupações são especialmente relevantes considerando que o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) estima que restem apenas cerca de 415 mil elefantes no continente africano, um número significativamente menor do que os mais de 3 milhões no início do século XX.

No entanto, é importante notar que populações de elefantes na África do Sul, Botsuana, Namíbia e Zimbábue são consideradas apenas “vulneráveis”, e não ameaçadas de extinção como em outras regiões. Namíbia e Zimbábue, inclusive, declararam recentemente estado de emergência devido à seca.

Como a Decisão Afeta a População Humana?

A crise de fome no Zimbábue tem sido exacerbada pela seca persistente. Aliviar essa crise é um dos principais objetivos do governo ao ordenar a matança seletiva de elefantes. As comunidades afetadas são esperadas para receber grandes quantidades de carne, o que pode ser um alívio temporário, mas vital, para muitas famílias.

Além da questão alimentar, a superpopulação de elefantes tem levado à degradação dos habitats naturais, o que ameaça outras espécies e reduz a disponibilidade de recursos hídricos essenciais.

O Que Dizem os Especialistas?

Especialistas em conservação têm opiniões divididas sobre a matança seletiva. Por um lado, alguns argumentam que a medida é uma necessidade pragmática para preservar o equilíbrio ecológico da reserva. Por outro lado, há críticas de que o governo do Zimbábue está priorizando soluções de curto prazo em detrimento de estratégias sustentáveis de longo prazo.

Existem também apelos para métodos alternativos de controle populacional, como a relocação de elefantes para outras áreas ou a implementação de programas de contracepção animal. A questão é complexa e não há uma solução fácil à vista.

Conclusões dos Especialistas

  • Necessidade de aliviar a crise alimentar e de recursos hídricos.
  • Preocupações éticas e ambientais sobre a matança seletiva.
  • Propostas de métodos alternativos como relocação ou contracepção animal.

Com tantas vidas em jogo, tanto humanas quanto animais, a decisão do Zimbábue de proceder com a matança seletiva de elefantes serve como um lembrete doloroso dos desafios complexos que o país enfrenta. A discussão está longe de ser concluída, e a questão ética e prática continua a dividir opiniões. Enquanto isso, o mundo observa e espera por soluções que possam beneficiar todas as partes envolvidas.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
2

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
3

Debate da RedeTV: nem cadeirada contém o ímpeto de candidatos em SP

Visualizar notícia
4

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
5

"Perguntar não ofende", Marina Helena?

Visualizar notícia
6

Marçal vira bode expiatório para a baixaria

Visualizar notícia
7

Lira joga contra a oposição, diz Marcel van Hattem

Visualizar notícia
8

Marcel Van Hattem considera disputar sucessão de Lira

Visualizar notícia
9

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
10

Esposa de Ricardo Nunes rebate Marçal: "Nunca me bateu"

Visualizar notícia
1

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
2

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
3

O pedido de desculpas de Pablo Marçal a Tabata Amaral

Visualizar notícia
4

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
5

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
6

Datena a Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes”; haja testosterona

Visualizar notícia
7

Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas

Visualizar notícia
8

Crusoé: Missão da ONU conclui que Maduro adotou repressão "sem precedentes"

Visualizar notícia
9

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
10

Deputado apresenta PL Pablo Marçal, para conter agressões em debates

Visualizar notícia
1

Homem amarra adolescente em uma estaca e o agride

Visualizar notícia
2

Queimadas ‘do amor’: a mãozinha de Dino a Lula

Visualizar notícia
3

Estrelas da academia querem mundo digital sob poder do Estado no Brasil

Visualizar notícia
4

Debate em SP: o bate-boca sem cadeirada

Visualizar notícia
5

Explosão dos pagers: Israel deu nó no Hezbollah?

Visualizar notícia
6

Lula traz o confisco de volta

Visualizar notícia
7

STF abre inquérito sobre Silvio Almeida

Visualizar notícia
8

O acordo de Lira sobre mais uma PEC para frear STF

Visualizar notícia
9

STF reduz pela metade pena de ex-deputado condenado na Lava Jato

Visualizar notícia
10

Papo Antagonista: O confisco e outras armadilhas

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

África África Central africa do sul Zimbábue
< Notícia Anterior

Adriane Galisteu revela perda auditiva

13.09.2024 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Filho de Faustão vai estrear como apresentador

13.09.2024 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Larry Ellison se torna o segundo homem mais rico do mundo

Larry Ellison se torna o segundo homem mais rico do mundo

Visualizar notícia
Mansão de Michael Jordan vai ser vendida por 82 milhões

Mansão de Michael Jordan vai ser vendida por 82 milhões

Visualizar notícia
Carne de Cachorro: Quais países consomem?

Carne de Cachorro: Quais países consomem?

Visualizar notícia
Elon Musk perto de ser o primeiro trilionário do mundo

Elon Musk perto de ser o primeiro trilionário do mundo

Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.