Zero surpresa? Itamaraty condena ações em Rafah, na Faixa de Gaza
Ação terrestre teve início com a entrada de tanques e soldados no território palestino nesta segunda-feira
Em nota oficial, o Itamaraty condenou o início das operações militares de Israel na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Como mostrou mais cedo a Revista Crusoé, o gabinete de guerra de Israel anunciou que seguirá adiante com a ofensiva em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza “para impor pressão militar no Hamas, com o objetivo de obter algum progresso na libertação dos reféns e de outros objetivos da guerra”.
Nas primeiras horas desta segunda, Israel enviou pedidos para que a população deixasse a cidade de Rafah, às vésperas da ofensiva militar.
Uma ação terrestre teve início com a entrada de tanques e soldados no território palestino, apoiada por disparos de artilharia.
“As Forças de Defesa de Israel, FDI, estão atacando alvos da organização terrorista Hamas de forma pontual ao leste de Rafah. Mais detalhes estão por vir”, afirmou o porta-voz das FDI Daniel Hagari.
Na nota oficial, o Itamaraty afirmou que “ao optar, com essa ação militar, por deliberadamente intensificar o conflito em área sabidamente de alta concentração da população civil de Gaza neste momento, o governo israelense, mostra, novamente, descaso pela observância aos princípios básicos dos direitos humanos”.
Leia na íntegra a manifestação do governo brasileiro sobre a ação em Gaza:
O governo brasileiro condena o início de operação das forças armadas de Israel contra a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza.
Ao optar, com essa ação militar, por deliberadamente intensificar o conflito em área sabidamente de alta concentração da população civil de Gaza neste momento, o governo israelense, mostra, novamente, descaso pela observância aos princípios básicos dos direitos humanos e do direito humanitário, a despeito dos apelos da comunidade internacional, inclusive de seus aliados mais próximos. Tal operação pode, ademais, comprometer esforços de mediação e diálogo em curso.
O Brasil reitera às instâncias de governança global responsáveis pela preservação da paz e da segurança mundial, em particular ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o pleito de que sejam superados a indiferença e o imobilismo que têm permitido o aprofundamento da catástrofe humanitária na Faixa de Gaza.
Ao exortar todas as partes à interrupção imediata da violência e ao engajamento em conversações que propiciem cessar-fogo e libertação dos reféns, o Brasil reafirma seu compromisso com a solução de dois Estados, com base nas fronteiras de 1967, única via capaz de oferecer paz duradoura para os povos de Israel e da Palestina, assim como para a região do Oriente Médio.
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