O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nessa sexta-feira, 28 de junho, que estava trabalhando em um novo plano para acabar com a guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que continuava a se fortalecer militarmente para poder forçar a Rússia a aceitar uma “paz justa”.

“É muito importante para nós mostrarmos um plano para acabar com a guerra que seja apoiado pela maioria dos países do mundo, e é isso que estamos fazendo diplomaticamente”, disse ele durante uma conferência de imprensa em Kiev, ao lado da presidente eslovena Natasha Pirc Musar.

“Não queremos prolongar esta guerra e devemos alcançar uma paz justa o mais rapidamente possível”, acrescentou.

Mas Volodymyr Zelensky também insistiu no fato de que o seu país deve, ao mesmo tempo, fortalecer a sua indústria militar, porque “a Rússia só entende a força e respeita apenas os fortes”.

“São duas coisas em paralelo: ser forte no campo de batalha e desenvolver um plano, um plano claro e detalhado, que estará pronto este ano”, insistiu.

A Ucrânia já propôs um plano de paz de 10 pontos, apoiado pelo Ocidente, em 2022, ano da sua invasão pela Rússia, envolvendo a retirada incondicional das forças russas do território ucraniano.

Kremlin não queria von der Leyen

O Kremlin criticou a nomeação de altos cargos da UE decidida na cimeira da UE na segunda-feira, 24 de junho.

“Com Ursula von der Leyen como presidente da Comissão e Kaja Kallas como representante dos negócios estrangeiros, as perspectivas para as relações entre Moscou e Bruxelas são fracas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na sexta-feira.

Von der Leyen, que caminha para um segundo mandato, não defende uma “normalização das relações entre a União Europeia e a Rússia”, acrescentou Peskov e Kallas, que é da Estônia, é conhecida, segundo o porta-voz russo, pelas suas declarações “russofóbicas”.

Oito sistemas Patriota para Ucrânia

Uma das principais preocupações em relação à Ucrânia para os países ocidentais durante meses tem sido a obtenção de sistemas adicionais de defesa aérea para se defenderem contra os constantes ataques russos.

Segundo noticiou o Financial Times, os EUA estão atualmente negociando com Israel sobre oito sistemas Patriota para a Ucrânia.

Antes de serem transferidos para a Ucrânia, os sistemas com cerca de 30 anos deveriam primeiro ser trazidos para os EUA para revisão, informou o “FT”, citando os envolvidos nas negociações.

Quatro sistemas antiaéreos Patriota já estão atualmente em uso na Ucrânia, dois dos quais foram fornecidos pela Alemanha. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyj, estimou recentemente a necessidade adicional do seu país de pelo menos mais seis desses sistemas.