Zelensky se diz preocupado com supostos mercenários russos na Venezuela
“Um exemplo claro da interferência descarada da Rússia nos assuntos internos de outros países", escreveu o presidente ucraniano
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), afirmou neste sábado, 3 de agosto, estar preocupado com a suposta presença de mercenários do Grupo Wagner na Venezuela.
Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra membros da Guarda Nacional Bolivariana e ao menos um soldado que porta em sua manga o brasão da milícia russa.
Em publicação nas redes sociais, Zelensky afirmou que os mercenários levam “morte e desestabilização” por onde passam.
“Um exemplo claro da interferência descarada da Rússia nos assuntos internos de outros países, assim como da sua estratégia habitual de semear o caos em todo o mundo”, escreveu Zelensky no X.
O presidente ucraniano disse ainda que os venezuelanos estão atravessando “tempos muito difíceis”, e que a única saída possível é se dá por meios “pacíficos e democráticos”.
“Condenamos o uso da força contra manifestantes pacíficos e pedimos a todos que respeitem a decisão do povo. Os verdadeiros líderes não se escondem do seu próprio povo atrás de mercenários”, acrescentou.
As autoridades eleitorais venezuelanas, submissas ao chavismo, declararam a reeleição de Nicolás Maduro por mais cinco anos com 51% dos votos. A apuração da oposição, porém, aponta a vitória de seu candidato, Edmundo González, por pouco menos de 70% dos votos.
Desde então, segue uma onda de repressão do regime aos manifestantes nas ruas.
O vídeo com o suposto mercenário do Wagner, ou ao menos relatos da presença do grupo na Venezuela, foram compartilhados no X por analistas de assuntos internacionais e militares. Dentre eles, os americanos Jason Jay Smart e Anne Applebaum, e o ucraniano Anton Gerashchenko.
A ferramenta de verificação de imagens e vídeo InVID, desenvolvida por iniciativa da União Europeia, indica que o vídeo foi criado em 31 de julho.
Esta não seria a primeira vez que o Grupo Wagner coopera com a ditadura de Nicolás Maduro. Em 2019, como noticiou a agência de notícias Reuters, integrantes da milícia russa foram à Venezuela a serviço de proteção a Maduro.
O Wagner também está presente em operações em ao menos seis países da África.
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