“Zelensky quer arrastar Polônia para uma guerra com a Rússia”
Numa transmissão na Rádio Zet, o vice-primeiro-ministro polaco, Krzysztof Gawkowski, criticou Zelensky por seus reiterados pedidos para que a Polônia intercepte projéteis e drones russos que sobrevoam a região de fronteira entre os dois países
O governo de Varsóvia criticou esta terça-feira, 5 de novembro, o Presidente ucraniano por não se se mostrar agradecido para com os polacos e o acusou de querer arrastar a Polônia para a guerra.
Numa transmissão na Rádio Zet, o vice-primeiro-ministro polaco, Krzysztof Gawkowski, criticou Zelensky por seus reiterados pedidos para que a Polônia intercepte projéteis e drones russos que sobrevoam a região de fronteira entre os dois países.
“A Ucrânia e o Presidente da Ucrânia esqueceram-se de como nos comportamos e do quanto ajudámos desde 2022 (…) Espero que a Ucrânia, e especialmente o Presidente, apreciem o facto de terem um amigo que lhes deu a mão em tempos difíceis”, criticou o governante polaco.
“Equipamentos doados, cidadãos alimentados. (…) A Polônia é uma grande amiga da Ucrânia, um centro de transportes. Acredito que em tais situações você deveria agradecer a alguém em vez de intimidá-lo. Zelensky quer que a Polônia dispare mísseis sobre a Ucrânia, o que significa que quer que a Polônia entre em guerra, o que significa que quer que a Polônia lute contra a Rússia. Com estas declarações, Zelensky quer arrastar a Polônia para uma guerra com a Rússia”, disse Gawkowski.
Nas últimas semanas, Zelensky reiterou os pedidos considerados polêmicos como a utilização de armas de longo alcance que, segundo a Ucrânia, impediriam muitos dos ataques do Exército russo. A este respeito, pediu à Polônia que abatesse os mísseis russos que sobrevoam o espaço aéreo perto da fronteira.
Esta proposta de Zelensky é objeto de um intenso debate no quadro da Aliança Atlântica como confirmou na segunda-feira o Ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski.
“Temos o direito de abater um míssil depois de atravessar a nossa fronteira? Sem dúvida”, disse Sikorski.
No entanto, o chefe da diplomacia de Varsóvia advertiu que o uso de armas implica correr riscos, como em Przewodow, onde os restos de um dos projéteis destruídos pelas defesas ucranianas atingiram a cidade polaca, matando duas pessoas.
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