Vitória de Trump influenciou queda de juros nos EUA?
O presidente da autoridade máxima, Jerome Powell, afirmou que a decisão do FED não considera o resultado das eleições
O FED (Federal Reserve), o Banco Central dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira, 5, um corte de 0,25% na taxa de juros, pela segunda vez consecutiva, que passa a ser de 4,5% a 4,75% ao ano.
É a segunda redução consecutiva da instituição, de maneira unânime, confirmando o que estava sendo projetado pelo mercado financeiro.
Segundo o FED, “mesmo com a taxa de desemprego ainda baixa, as condições do mercado afrouxaram”. A declaração aponta ainda que os riscos para o mercado de trabalho e a inflação estavam equilibrados”.
O presidente da autoridade máxima, Jerome Powell, afirmou em entrevista coletiva que, em curto prazo, a redução dos juros não se dá em função da eleição do presidente Donald Trump, que venceu a democrata Kamala Harris na corrida à Casa Branca.
“Nós não adivinhamos, não especulamos e não assumimos quais serão as futuras escolhas de políticas governamentais [de Donald Trump]”, disse.
No mês passado, o BCE (Banco Central Europeu) reduziu a taxa de juros da União Europeia para 3,25%, sendo o terceiro corte seguido.
Brasil no caminho inverso
Na direção contrária, O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu na quarta-feira, 6, elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. O aumento de 0,5 ponto percentual foi segunda alta consecutiva no governo Lula (PT) e a maior elevação desde maio de 2022, quando subiu 1 ponto.
Em nota, o BC justificou o aumento na taxa Selic em função “ambiente externo desafiador, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos]“.
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