Vice de Maduro acredita em “união contra o Norte” para defesa da Amazônia
Delcy Rodríguez (foto) decidiu vir no lugar do seu chefe, o ditador venezuelano Nicolás Maduro, à Cúpula da Amazônia realizada por Lula em Belém nesta terça-feira (8). Em seu discurso, a vice-presidente do país resolveu "transmitir a mensagem clara do presidente Maduro" para os outros líderes de Estado...
Delcy Rodríguez (foto) decidiu vir no lugar do seu chefe, o ditador venezuelano Nicolás Maduro, à Cúpula da Amazônia realizada por Lula em Belém nesta terça-feira (8). Em seu discurso, a vice-presidente do país resolveu “transmitir a mensagem clara do presidente Maduro” para os outros líderes de Estado — que se resume ao controle de ameaças e ataques supostamente vindos de empresas e países do hemisfério norte.
“Cada vez que ouvimos notícias de tentativas contra a vida do presidente Lula, nós sabemos que por trás da tentativas estão os interesses daqueles que querem ter um governo complacente com as atividades ilícitas, com a destruição da biodiversidade e alinhados com os interesses do Norte”, disse Delcy, em sua fala, com o mesmo teor nacionalista e bolivariano do chefe, que mantém viva a ditadura chavista no país. Ela (e por consequência, Maduro) cobrou “união, união e mais união” dos países participantes da reunião.
Sob o argumento de “pensar uma identidade amazônica”, Delcy sugeriu que os países declarem emergência regional, criem uma força-tarefa de caráter ambiental na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e ajam em conjunto no combate a incêndios florestais. E, como não podia deixar de ser, atuem contra “multinacionais farmacêuticas e de alimentos” que ela (e, por consequência, o ditador venezuelano) acreditam vir do norte global.
Mais cedo, foi Gustavo Petro, o presidente colombiano, que alfinetou Lula, o anfitrião da reunião. “Há um enorme conflito ético, sobretudo por forças progressistas, que deveriam estar ao lado da ciência”, afirmou o presidente colombiano ao discutir o dissenso entre os integrantes da OTCA.
Mais cedo, ao abrir os trabalhos, Lula quis pregar um tom conciliatório aos presentes: “Vamos discutir e promover uma nova visão de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região, combinando a proteção ambiental com a geração de empregos dignos e a defesa dos direitos de quem vive na Amazônia”, defendeu o petista, que também reune chefes da Bolívia, Colômbia, Guiana, do Peru.
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