Venezuelanos se aglomeram em filas para votar
O alto comparecimento é a principal arma da oposição a Maduro para evitar uma fraude generalizada na Venezuela
Os venezuelanos vão às urnas neste domingo, 28 de julho, para votar nas eleições presidenciais do país. Horas antes da abertura dos colégios eleitorais, os eleitores já faziam fila.
Vídeos e fotos publicados nas redes sociais mostram eleitores do lado de fora de vários centros de votação. O alto comparecimento é a principal arma da oposição para evitar uma fraude generalizada no país.
Nos estados de Mérida, Barinas, Bolívar e Portuguesa foram registradas pessoas formando fila a partir das 18h30 (horário local) de sábado. Algumas levaram cadeiras para descansar até o início da votação.
A expectativa é saber se o candidato da maior força de oposição, Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado, consegue acabar com o regime chavista, comandado pelo ditador Nicolás Maduro, que busca a reeleição.
O que Maduro mais teme é uma alta taxa de participação. Quanto maior for a taxa de comparecimento entre os 21,5 milhões de eleitores da Venezuela, mais difícil será fraudar o pleito, porque o regime não tem controle total sobre a contagem.
“A maioria dos mecanismos de segurança da votação funcionam”, diz o cientista político venezuelano José Vicente Carrasquero, da Faculdade de Miami-Dade, na Flórida.
A eleição é realizada por voto eletrônico com recibo impresso. Quando a oposição boicotou as eleições legislativas de 2017, o regime fabricou ao menos um milhão de votos de um total de oito milhões, segundo relatório da empresa responsável pelas urnas eletrônicas, Smartmatic.
Essa foi a única vez que a Smartmatic detectou fraude na contagem desde 2004, quando começou a fornecer as urnas eletrônicas na Venezuela. A empresa não viria a participar da votação de 2018, que reelegeu Maduro.
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