Venezuela: “terrorismo de Estado que se aprofunda todos os dias”
Marco Antonio Ponce, diretor do observatório venezuelano de conflitos sociais OVCS, afirmou que “estamos na presença de um terrorismo de Estado que se aprofunda a cada dia”
Segundo o observatório dos conflitos sociais, durante o mês de julho foram registrados na Venezuela 1.311 protestos, o que corresponde a 44 por dia, e o equivalente a mais 219% a mais se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Diante da fraude eleitoral perpetrada pelo ditador Nicolás Maduro, milhares de venezuelanos saíram para protestar não só dentro do país, mas em todo o mundo. As forças do regime respondem a estas marchas com repressão e detenções arbitrárias.
Os venezuelanos não só marcharam contra a fraude, mas também para exigir os múltiplos direitos dos cidadãos que o regime viola.
Marco Antonio Ponce, diretor do observatório venezuelano de conflitos sociais OVCS, afirmou que “estamos na presença de um terrorismo de Estado que se aprofunda a cada dia”.
“O que esta situação mostrou ao longo do mês de agosto foi o aprofundamento do terrorismo de Estado na Venezuela e o que eles querem é que as pessoas tenham medo, não saiam e nem exijam os seus direitos e não exijam uma mudança no país”, comentou, em entrevista ao programa La Tarde, do canal NTN24.
“A fraude foi tão grande que não pode ser justificado”
Treze ex-ministros das Relações Exteriores da América Latina publicaram uma declaração conjunta na qual rejeitam a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) de Maduro, que ratificou a fraude eleitoral denunciada pela oposição.
Para ex-diplomatas, o TSJ carece de imparcialidade e independência e, portanto, não tem validade. Além disso, acusaram a autoridade suprema venezuelana e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de fazerem parte da máquina repressiva do Estado e de terem agido de forma inconstitucional ao endossar os resultados favoráveis a Maduro.
“Concordamos que as eleições que se realizaram no dia 28 de Julho não respeitam a integridade eleitoral, já passou quase um mês e não se conhece um único registo da CNE. A fraude foi tão grande que não pode ser justificada”, declarou Eladio Loizaga, ex-chanceler do Paraguai entre 2013 e 2018 e que foi um dos signatários da declaração.
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