Venezuela se prepara para posse de seu ditador; Brasil referenda
"Quem tentar interferir com a Venezuela pagará caro. Eles poderão entrar se assim desejarem; o problema será sair deste país", declarou Diosdado Cabelo, ministro do Interior
A data crucial de 10 de janeiro se aproxima, quando o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, espera ser empossado como presidente por mais quatro anos, após ter fraudado descaradamente o resultado eleitoral.
A atmosfera geral sugere que, apesar das especulações sobre possíveis insurreições militares ou invasões estrangeiras, a investidura de Maduro ocorrerá sem grandes obstáculos.
No entanto, isso não impede que o Estado permaneça vigilante, com a cúpula chavista se esforçando para exibir uma imagem de força.
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Diosdado Cabello a Polícia Nacional Bolivariana
Imagens recentes mostram Diosdado Cabello, um militar reformado que ocupa o cargo de ministro do Interior, disparando armas em público, enfatizando uma postura ameaçadora frente a possíveis ameaças.
Cabello declarou publicamente que qualquer tentativa contra o atual governo da Venezuela resultará em graves consequências: “Quem tentar interferir com a Venezuela pagará caro. Eles poderão entrar se assim desejarem; o problema será sair deste país”.
Durante a inauguração de um centro de treinamento da Polícia Nacional Bolivariana, ele destacou que cerca de 20.000 militares foram treinados para ações especiais e estão armados para garantir a defesa da ditadura.
Recentemente, medidas extraordinárias foram implementadas nas operações policiais, com um aumento do patrulhamento militar durante as festividades natalinas.
Unidades de reação rápida foram integradas às forças tradicionais, refletindo uma evolução nas táticas utilizadas pelo governo.
Em um evento televisionado, o ministro da Defesa Vladimir Padrino se uniu a Cabello para apresentar novos veículos blindados à Guarda Nacional, enquanto nas ruas de Caracas aumentavam os postos de controle e o patrulhamento armado.
Detenções de estrangeiros
A retórica do governo também se intensificou em relação às detenções de estrangeiros acusados de envolvimento em supostos planos terroristas.
Essas prisões têm sido usadas como provas do alegado cerco internacional contra o regime chavista. Entre os detidos estão três cidadãos americanos e dois espanhóis apontados como agentes secretos, além de um argentino.
Maria Corina Machado e Edmundo González
O chavismo tenta associar atividades criminosas, como as da facção Tren de Aragua, à oposição política e suas campanhas eleitorais.
Este movimento tem como objetivo deslegitimar os esforços dos apoiadores da líder oposicionista Maria Corina Machado e criminalizar grupos cívicos que se mobilizaram nas eleições em apoio ao candidato Edmundo González.
Enquanto isso, Machado continua a apelar à população para resistir e lutar pela liberdade: “A hora chegou! Por nossos filhos e pela nossa amada terra!”
Em paralelo, Edmundo González reforçou que defenderá os princípios da Constituição venezuelana que garantem a soberania popular.
Dia 10 de janeiro
À medida que o dia 10 se aproxima, o chavismo busca mobilizar suas bases com uma série de eventos programados.
Cabello anunciou planos grandiosos para a cerimônia de posse e convocou seus apoiadores para lotar as ruas da capital no dia decisivo. Ao mesmo tempo, o governo está tentando atrair líderes internacionais para comparecer à cerimônia.
Sob protestos da oposição, o Brasil decidiu enviar a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Oliveira, para prestigiar a posse do ditador Nicolás Maduro, na Venezuela.
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