Venezuela quer ensinar Brasil a fazer eleições
"Não é fácil aprender a fazer eleições. Alguns dizem que não têm tempo, bom, isso é um problema de cada país, mas deveriam vir para aprender com o melhor CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do mundo", disse Diosdado Cabello
Na Venezuela, o homem forte de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, disse que o Brasil deveria enviar observadores eleitorais ao país para “aprender como se faz uma eleição”
Cabello, que é vice-presidente do Partido Unido Socialista da Venezuela (PSUV), afirmou, na segunda-feira,10 de junho, que Brasil e Colômbia “perdem muito” se não enviarem observadores para as eleições venezuelanas, marcado para 28 de julho:
“Eles perdem. Eles deveriam vir à Venezuela para ver como se faz uma eleição, para aprender como se faz uma eleição. Não é fácil aprender a fazer eleições. Alguns dizem que não têm tempo, bom, isso é um problema de cada país, mas deveriam vir para aprender com o melhor CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do mundo e com o melhor povo do mundo como fazer eleições. Quem quiser está convidado, desde que respeite as regras do órgão eleitoral”, afirmou Cabello em entrevista coletiva.
Em maio, o CNE da Venezuela revogou o convite feito à União Europeia para acompanhar como observador as eleições presidenciais de 28 de julho.
Depois de a União Europeia ter emitido um comunicado onde diz lamentar “profundamente” a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de revogar o convite para participar como observador internacional nas eleições presidenciais de 28 de julho, o primeiro vice-presidente do O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e deputado à Assembleia Nacional de Maduro, Diosdado Cabello, se pronunciou:
“Eles acreditam que são muito superiores, não têm nada a nos ensinar sobre as eleições”, considerou o líder da ditadura. “Eles não têm absolutamente nada a nos ensinar, deveriam ensinar as eleições nos Estados Unidos”, acrescentou.
O candidato da Unidade às eleições presidenciais, Edmundo González Urrutia, apoiado por Corina Machado, foi consultado sobre a proposta de Nicolás Maduro de assinar um pacto para respeitar os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.
“Assinar um acordo para quê? O primeiro que violou o Acordo de Barbados foi o governo”, declarou González
O Acordo de Barbados estabelece que devem ser permitidas observações eleitorais extensivas e eleições limpas e competitivas.
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