Venezuela: Parlamento europeu reconhece González como presidente eleito
A resolução condena e rejeita "a fraude eleitoral orquestrada pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo regime, que se recusou a tornar públicos os resultados oficiais"
O Parlamento europeu aprovou nesta quinta-feira, 19, uma resolução para reconhecer Edmundo González Urrutia como “presidente legítimo e democraticamente eleito” da Venezuela.
A decisão foi aprovada por 309 votos a favor, 201 votos contra e 12 abstenções.
O texto condena e rejeita “a fraude eleitoral orquestrada pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo regime, que se recusou a tornar públicos os resultados oficiais”.
Os eurodeputados também condenaram as autoridades de Caracas, alinhadas à ditadura de Nicolás Maduro, por terem emitido um mandado prisão para Edmundo González, atualmente em exílio na Espanha.
A resolução reconhece que o regime chavista não respeitou o Acordo de Barbados de 2023, apesar dos repetidos apelos da comunidade internacional, tornando impossível a realização de eleições livres e justas na Venezuela.
Para o Parlamento europeu, os relatórios das missões internacionais de observação eleitoral indicam claramente que a votação de 28 de julho não cumpriu as normas internacionais de integridade eleitoral.
Além de condenar “com a maior veemência possível os assassinatos, as perseguições, as violações e as detenções que visaram membros da oposição democrática ao regime, o povo venezuelano e a sociedade civil”, a resolução fez um apelo pelo fim das violações sistemáticas dos direitos humanos na Venezuela.
O texto aprovado defende que as sanções contra os membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela sejam restabelecidas e pede a prorrogação e ampliação das sanções contra Nicolás Maduro e o seu círculo restrito.
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Oposição venezuelana celebra resolução do Parlamento europeu
Na Venezuela, a líder da oposição María Corina Machado agradeceu aos Parlamento europeu por reconhecer Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela.
“Obrigada, Europa”, escreveu a opositora de Maduro no X.
Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas perseguido por Maduro e exilado em Madri, também celebrou a resolução.
“Orgulhoso da nossa bandeira tricolor. Vitória emocionante hoje no Parlamento Europeu com o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. Também uma condenação muito dura de Maduro por sua repressão brutal, exigindo liberdade para presos políticos e instando o Tribunal Penal Internacional a acelerar as ações para punir crimes contra a humanidade.”
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